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Delegado do Caso Kiss protocola pedido de aposentadoria

Laíz Lacerda

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Ronald Mendes (arquivo Diário)

Nas vésperas de completar 48 anos, o delegado responsável pelas investigações do Caso Kiss, Marcelo Arigony, protocolou nesta sexta-feira o pedido de aposentadoria na Polícia Civil.

Arigony atuou como delegado por 21 anos e ganhou visibilidade quando esteve à frente da Delegacia Regional de Santa Maria nas investigações policiais da tragédia da Boate Kiss. 

De acordo com Arigony, chegou a hora de alçar novos voos e seguir a carreira de forma diferente:

- Estou saindo porque acho que eu tenho mais a contribuir de outra forma. É o fim de um ciclo e o início de outro - comentou o delegado

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Ele explica que estará reativando a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que pretende voltar a atuar como advogado criminalista em Santa Maria. Próximo da conclusão do doutorado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Arigony afirma que não concorrerá nas eleições deste ano e que também não pretende se filiar a nenhum partido. 

- Desde a Kiss, quando ganhei mais visibilidade, muitas pessoas queriam que eu concorresse. Por alguns momentos eu até pensei, até mesmo por influência, porque muitas pessoas queriam que eu concorresse a vereador ou prefeito.

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Quando perguntado a respeito do Caso Kiss, Arigony explica que sem dúvida foi  maior trabalho que ele desenvolveu como delegado. Para ele, a Kiss foi o maior trabalho que a polícia do Estado, e que talvez também tenha sido o maior do Brasil e mundo. 

- Realmente foi um desafio muito grande que a gente teve. E nós conseguimos, não só eu, mas mais quatro delegados de polícia, um grupo 21 agentes só no núcleo principal, e mais diversos outros colaboradores que ajudaram. E eu acho que nós tivemos êxito nisso, na proposta que era atender a nossa missão e entregar as respostas que a sociedade precisava. Fazer o que era nosso papel. 

Conforme Arigony, é passado aos alunos que em um inquérito policial deve-se ter a autoria, a materialidade e a circunstância:

- E eu acho que a gente apontou a materialidade do crime com todas as circunstâncias, e é isso que leva ao apontamento das pessoas, dos autores.

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A respeito do cenário de crise que o Estado está passando, Arigony explica que hoje a polícia não é a mesma de 21 anos atrás, quando ingressou na área, e que se orgulha muito de ter passado por essa mudança. 

- Com toda a carência de recursos que o Estado tem, a polícia ainda consegue fazer grandes operações. E isso é o resultado de policiais que vestem a camiseta, pessoas que gostam e são vocacionados.

Marcelo Arigony aguarda a homologação do pedido de aposentadoria para deixar a 2ª Delegacia de Polícia de Santa Maria.  

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