Violência

Criança agredida em Santa Maria está assustada, diz a mãe

Lizie Antonello

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Em entrevista ao Diário, a mãe da menina de 1 ano e 8 meses, agredida, supostamente, pelo pai e pela madrasta, conta como está a criança, dois dias depois do caso ter sido denunciado à polícia. A mulher lembra como conseguiu resgatar a filha e encaminhá-la para atendimento médico na última sexta-feira. Confira abaixo:

Diário Como está a pequena?

Mãe Ela tem medo de todo mundo, se agarra em mim. Não dorme direito de noite. Está traumatizada.

Diário Quando e como você ficou sabendo que a sua filha estava sendo agredida?

Mãe Na sexta-feira, estava na praça de alimentação do shopping popular (Independência), quando encontrei a vizinha dele (pai da menina). Ela me avisou que se eu não fosse buscar a menina naquele dia, eu já ia encontrá-la em um caixão.

Diário Qual foi a sua reação?

Mãe Foi um choque. Estava há mais de seis meses sem ver minha menina, não sabia como ela estava. Quando ia visitá-la, diziam que ela estava na casa de outras pessoas.

Diário Como encontrou a criança quando foi buscá-la com o pai dela?

Mãe Quando ele viu que eu estava com meu companheiro, ele (pai) me entregou a menina. Ela estava com um capuz, cobrindo o rosto até abaixo do nariz. Quando ergui o capuz, ela tinha o rosto todo roxo, inchado, não conseguia nem abrir o olho direito e com braço quebrado. Estava toda machucada.

Diário Você entregou sua filha ao pai porque, na época, não podia ficar com ela. O que vai fazer agora?

Mãe Mal ou bem eu tenho uma casinha, que ganhei. Eu vou dar a ela muito amor e carinho, que é o que ela precisa no momento. Consegui a (medida) protetiva, porque quero que ele (pai) fique o máximo possível longe dela. Amanhã (segunda), vou fazer os documentos dela de novo, carteira de vacina, que extraviaram. Depois, vou fazer exame de lesões corporais nela.

Diário O que espera para o futuro de vocês?

Mãe Meu sonho é ficar com minha filha. É o que mais quero na vida. Quero ver ela rindo de novo. Ela não ri, não conversa. Só diz: tatata (se referindo ao pai), dodói. Titia, dodói. Quero dar um lugar digno para ela e minhas outras duas filhas. Tenho saúde e minha filha de volta, minha família está completa. Deus proverá.

Diário Você ficou sabendo de outras agressões que ela teria sofrido?

Mãe Sim, uma vizinha dele contou que estava passando em frente a casa deles (pai e madrasta) e viu ele batendo nela (menina) com um pedaço de pau no braço.

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