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Como denunciar casos de violência contra a criança e adolescente durante o isolamento

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (arquivo Diário)

Em meio à pandemia do novo coronavírus e às medidas de isolamento social, crianças e adolescentes correm o risco de estar mais expostos a situações de violência física, sexual e psicológica. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alerta que é "urgente proteger crianças e adolescentes contra a violência durante o isolamento social". 


Muitas das violências a que meninas e meninos estão submetidos acontecem dentro de casa. Segundo dados do UNICEF, três em cada quatro crianças de 2 a 4 anos no mundo (cerca de 300 milhões) são regularmente submetidas a punição física e/ou agressão psicológica por seus pais ou outros cuidadores.

- Nossa principal aliada nas denúncias era a escola, que percebia os maus tratos e nos comunicava. Agora, com a suspensão das atividades escolares, ficamos sem essa referência - explica a delegada Roberta Trevisan, titular da Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santa Maria.

Assim como nos casos de violência contra a mulher, os menores também não conseguem fazer as denúncias, por isso, conforme a delegada, é importante que vizinhos ou qualquer pessoa que presencie casos de abuso façam as denúncias anonimamente. Por conta da dificuldade em comunicar às autoridades as situações de violência, ocorre subnotificação de casos.  


COMO DENUNCIAR EM SANTA MARIA

  • Disque Direitos Humanos - 100
  • Brigada Militar - 190
  • Conselhos tutelares:

- Conselho tutelar oeste: (55) 3212-5410 - [email protected]

- Conselho tutelar leste: (55) 3217-7790 - [email protected]

- Conselho tutelar centro: (55) 3223-3737 - [email protected]

O UNICEF preparou cinco dicas para proteger crianças e adolescentes da violência em tempos de coronavírus:

  1. Cuide das crianças e dos adolescentes - A casa deve ser um lugar seguro para meninas e meninos, livres de agressões, abusos, exploração e negligência. Se vive com crianças e adolescentes, procure criar um ambiente de paciência, amor, carinho e segurança para sua família, especialmente seus filhos.
  2. Cuide de você - É normal sentir ansiedade, nervosismo ou estresse em uma situação como a pandemia da Covid-19, por isso, cuide da sua saúde mental. Tenha uma rotina diária; pratique algum tipo de exercício; faça algo de que goste, para relaxar; informe-se, mas evite se conectar o dia todo nas notícias e fuja das fake news. Cuidar de você é fundamental para não descontar nas crianças e nos adolescentes. Lembre-se de que eles precisam do seu carinho e proteção, e também podem estar sofrendo. 
  3. Procure ajuda - Você não está só. Se estiver em situação de sofrimento e muito estresse, precisando de apoio, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV) - pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br/quero-conversar/. Se for o único adulto responsável pelas crianças da casa e precisar ir ao hospital, peça ajuda de pessoas da sua confiança, ou ligue para o Conselho Tutelar da sua região e busque apoio dos órgãos de proteção à criança na sua cidade. 
  4. Denuncie - Proteger crianças e adolescentes é responsabilidade de todos nós! A crise, o estresse e a pressão em tempos de coronavírus não podem ser desculpas para relativizar a violência. Castigos físicos, agressões psicológicas, abuso e exploração sexual e violência baseada em gênero não podem ser tolerados sob nenhuma circunstância. Denunciar também é uma forma de prevenir que isso aconteça. Por isso, tenha em mãos os canais de denúncia para qualquer situação de violência contra crianças e adolescentes. Não se cale! 
  5. Conheça e divulgue os canais de proteção - Para que todos possam enfrentar a violência contra crianças e adolescentes neste momento de pandemia, é necessário ter acesso a informações de qualidade e saber como proceder para denunciar. Se você for vítima ou se testemunhar, souber ou suspeitar de alguma violência, pode acionar o Conselho Tutelar da sua região, ligar no Disque 100 ou, se necessário, procurar a polícia. Conheça e divulgue os principais canais para seus colegas, familiares e amigos. 

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