Bombeiro voluntário relata trabalho exaustivo nas buscas por desaparecidos no Rio Jacuí

Mateus Ferreira

Bombeiro voluntário relata trabalho exaustivo nas buscas por desaparecidos no Rio Jacuí

Foto: Mateus Ferreira (Diário)

As buscas por pessoas desaparecidas no Rio Jacuí seguem mobilizando equipes de resgate em diferentes pontos da região. Em entrevista ao Diário, o bombeiro voluntário Wilson Facco Martins, 41 anos, integrante da equipe de Faxinal do Soturno, detalhou o trabalho realizado nas áreas onde ocorreram os desaparecimentos, em Cerro Chato, entre Restinga Sêca e Agudo, e em Dona Francisca.


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Segundo Martins, o trabalho é marcado pela paciência e pelo cuidado constante das equipes, já que o comportamento do rio pode mudar rapidamente. Ele participa das buscas em Dona Francisca, conta:  

Wilson trabalha em conjunto com o Corpo de Bombeiros. Foto: Mateus Ferreira (Diário)

– É um trabalho exaustivo, cansativo, mas que exige muita paciência. A pessoa pode estar em um lugar e, cinco minutos depois, aparecer no mesmo ponto onde a gente já passou. Às vezes, precisamos movimentar mais a água; em outras, ir com calma para não perder nenhum detalhe. 

Estrutura 

Atualmente, dois barcos dos bombeiros voluntários de Faxinal do Soturno e Nova Palma atuam juntos nas buscas em Dona Francisca. No outro ponto do rio, onde ocorreu o desaparecimento de dois pescadores, há equipes de Agudo e Paraíso do Sul, também com apoio de bombeiros voluntários da região da Quarta Colônia. Wilson reforça que o comando das operações é dos bombeiros militares, enquanto os voluntários prestam apoio com embarcações e buscas na superfície.


– Todo o trabalho de mergulho é feito pelos bombeiros militares. A gente atua na parte de cima da água, com os barcos. São trechos muito profundos, principalmente no meio do rio, o que dificulta bastante. Os próprios militares não estavam conseguindo ancorar o barco para poder fazer as buscas – relata Martins.


De acordo com o bombeiro, não é incomum que o corpo seja localizado em áreas já vistoriadas diversas vezes.

– Às vezes passamos dez vezes no mesmo lugar e, na décima primeira, a pessoa aparece. Já aconteceu recentemente em outro caso. Por isso, os barcos acabam repetindo os trajetos – afirma.


Dúvidas 

As buscas não ocorrem durante a noite por questões de segurança e visibilidade.

–  Depois que o sol baixa, não tem mais visibilidade. Não é seguro para a equipe, nem eficiente, porque não se enxerga nada na água nem nas margens – destaca.


Casos

Na noite de terça-feira (16) , dois pescadores desapareceram após o barco em que estavam virar em um trecho do Rio Jacuí, na divisa entre Restinga Sêca e Agudo. Um dos corpos foi localizado na manhã desta quinta-feira (18), após buscas intensificadas durante toda a quarta-feira.


Já em Dona Francisca, uma servidora da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), identificada como Roberta dos Reis Constantin, 21 anos, desapareceu na tarde de terça-feira (16), enquanto coletava amostras de água. Ela teria se desequilibrado e sido levada pela correnteza. As buscas seguem no local.


Além dos bombeiros voluntários e militares, Brigada Militar e Polícia Civil acompanham as ocorrências.


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