Após quase dois meses, delegados da Polícia Civil suspendem protesto contra o governo estadual e voltam a conceder entrevistas

Após quase dois meses, delegados da Polícia Civil suspendem protesto contra o governo estadual e voltam a conceder entrevistas

Foto: Polícia Civil (Divulgação)

Silêncio: durante quase dois meses, delegados e delegadas não concederam informações sobre investigações de crimes aos veículos de comunicação

Em assembleia realizada na noite de terça-feira (10), os delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul decidiram suspender todas as medidas de protesto, incluindo a não concessão de entrevistas para a imprensa, iniciadas em 18 de julho. A decisão, no entanto, não significa que a insatisfação da classe contra a falta de valorização tenha diminuído.

 
De acordo com a categoria, os profissionais continuam descontentes com a tímida reposição salarial concedida pelo governo do Estado, que não reflete o reconhecimento por seu papel crucial na redução dos índices de criminalidade. A proposta do Executivo estadual é de aumento salarial de 12% dividido entre janeiro de outubro de 2025. O projeto de lei do reajuste para a segurança pública foi aprovado na terça-feira pelos deputados estaduais. 


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Na assembleia de terça, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul (Asdepe), Guilherme Wondracek, expressou a frustração da classe em relação à valorização que têm recebido:

 
– Embora sejamos diretamente responsáveis pelos reduzidos índices de criminalidade no Rio Grande do Sul, o Estado não proporcionou a valorização condizente. O descontentamento da classe é muito significativo.


Apesar da suspensão das ações de protesto, a Asdep anunciou que adotará novas estratégias para reivindicar uma valorização digna para os policiais.

 
– Essa decisão de suspender os protestos não significa que aceitaremos a situação atual. Estamos apenas mudando de estratégia para buscar o que é justo para nossa classe – complementou o presidente.


Mobilização

A mobilização dos delegados reflete um sentimento crescente de descontentamento dentro da corporação, que, segundo a categoria, desempenha um papel fundamental na segurança pública. A expectativa é que, com a nova abordagem, a Associação consiga dialogar com o governo.


Essa é a segunda mobilização dos delegados gaúchos desde 2023. Entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, protesto semelhante foi realizado, período em que os delegados não deram informações sobre as investigações de crimes.

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