Morreu o motorista Fernando Negrini

Fotos: Arquivo Pessoal

Um filho querido e um pai companheiro. Assim que o motorista Fernando Negrini, 33 anos, era reconhecido por amigos e familiares. Nascido, criado e estabelecido em Santa Maria, Fernando trabalhava em uma revenda de automóveis em Camobi, bairro onde residia. Antes da atual função, ele trabalhou no interior de Alegrete, como plantador de arroz.

Filho de Nelci José Negrini, 65 anos, e de Irene Maria Negrini, 59, ele era o mais novo entre os irmãos Tiago, 37, e Railander, 40.

Casado, há 10 anos, com a autônoma Micheli Bauce Negrini, 34 anos, Fernando era pai das gêmeas Tereza e Maria Eduarda, 2 anos e 7 meses. Para Micheli, fica o vazio e a saudade daquele que foi um marido carinhoso e companheiro, além de um pai exemplar.

- As meninas eram loucas por ele. Embora fosse quieto, ele se divertia muito com elas. Para Fernando, não havia dificuldades em nos dar atenção ou nos levar para passear. Gostávamos de viajar. Ele adorava ir para a praia ou para o campo. À tardinha, tínhamos o nosso tempo para chimarrão. Parece que não é verdade que isso aconteceu - diz Micheli.

A mãe, Irene, comenta que Fernando era um rapaz saudável, com muita disposição e que adorava o que fazia. Para ela, a partida repentina do filho ainda é difícil de entender. Para o pai, fica a saudade do caçula que tanto lhes deu orgulho e alegria:

- O Fernando era reservado, o mais quieto de casa. Aos finais de semana e em dias de folga do trabalho, não dispensava os momentos em família. Para ele, estar com as filhas e fazer um churrasquinho era uma satisfação.

Torcedor do Tricolor Gaúcho, o santa- -mariense até gostava de jogos, mas não era fanático. Segundo Nelci, como profissional, o filho era trabalhador, dedicado e responsável.

- Atualmente, era motorista de guincho. Com a gente, era companheiro e muito amado por todos. Meu filho foi uma boa pessoa - comenta o pai.

No ambiente de trabalho, o motorista também deixou saudades para os companheiros. Na revenda, os colegas tinham Fernando como exemplo. Proprietário da loja Leandro Automóveis, onde Fernando trabalhava há cerca de dois anos, Leandro Stangherlin diz que, antes do vínculo profissional, eles eram amigos.

- Fernando era calmo e concentrado na tarefa que executava. Foi um funcionário nota 10. Para nós, é muito estranho saber que ele não vem mais à empresa. Com certeza, ele fará muita falta. Foi um ótimo profissional, conhecedor do ramo e com vasta experiência. Todos gostavam de conviver com ele - conta Stangherlin.

Em 20 de fevereiro, Fernando Negrini sofreu um infarto e morreu em casa. Ele foi sepultado no Cemitério de Arroio Grande, no dia seguinte.