obituário

Morreu a massoterapeuta Doroty de Oliveira Ziegler

Fotos: Arquivo Pessoal

Doroty de Oliveira Ziegler, 80 anos, nasceu em Santa Maria, em 12 de fevereiro de 1938. A idosa foi casada por duas vezes. Primeiro, com Aclides de Oliveira, com quem teve cinco filhos: José Antônio e Cleusa Maria e Helio Rubens, Paulo Augusto, Maria Terezinha (os três já falecidos). Com o primeiro companheiro, ela se casou aos 17 anos. Do segundo casamento, com Geovar Schmidt, também já falecido, Doroty teve um filho: André Luiz Ziegler Schmidt, 38 anos. 

Dona Tita, como também era popularmente conhecida, viveu uma infância pacata no distrito de Boca do Monte, em Santa Maria, ao lado dos nove irmãos. Conheceu o primeiro marido, Aclides, na colônia Pedro Stock. Em seguida, o casal mudou-se para a Vila Oliveira. Ele trabalhava como carpinteiro, e ela, como massoterapeuta.

Após 15 anos juntos, eles se separaram. José Antônio era muito jovem quando isso aconteceu e não sabe dizer o motivo do fim do relacionamento que, aparentemente, era tranquilo. Os cinco filhos foram deixados com outra família porque nem Tita, nem Aclides tinham condições financeiras de criá-los.

- Depois que minha mãe alcançou uma melhor condição financeira, ela nos buscou. Passamos a viver juntos novamente. Com a família reunida, fomos muito felizes - afirma José Antônio, 61 anos.

Aos 30 anos, Tita conheceu o segundo marido, Geovar, que, na época, trabalhava como Comissário de Menor, função semelhante a que têm, hoje, os conselheiros tutelares. Geovar fiscalizava a presença de menores em um bar de Santa Maria, quando avistou Doroty e foi amor à primeira vista.

Aos 42 anos, ela teve o sexto filho, André Luiz. Os dois nunca se casaram oficialmente, mas mantiveram uma permanente relação de companheirismo. André Luiz conta que sempre foi bem tratado pelos irmãos da primeira união de Doroty, especialmente por Hélio, que sempre auxiliou a mãe a criá-lo. Ao todo, Tita teve nove netos: Sabrina, Vinicius, Gisele, Vitória, Leonir, Michele, Sibeli, Reginaldo e Patrick.

A idosa trabalhou como massoterapeuta e, após atingir uma idade avançada, passou a ser benzedeira. André Luiz conta que a a avó, mãe de Doroty, já possuía o dom.

- A nossa casa sempre estava cheia de gente. Ela tratava cobreiro, mal jeito, entre outros problemas, e não cobrava nada por isso. Até hoje, a sala onde ela atendia, bem como os objetos do ofício, está montada e do jeito que ela deixou - diz André Luiz.

A ligação de Doroty com a mãe ultrapassou o talento para benzer: as duas faleceram em um dia 4 de dezembro. Para André Luiz, Tita deixa um legado de honestidade e generosidade.

- Minha mãe levou muitas pessoas que não tinham onde morar para passar em períodos na nossa casa, até arranjarem uma situação melhor. Ela não sabia ler, nem escrever. Mas me ensinou o seguinte: mesmo que você seja pobre, se tiver palavra e humildade, pode chegar a qualquer lugar - emociona-se.

A benzedeira faleceu no último dia 4 de dezembro. Ela usava marca-passo e sofria de insuficiência cardíaca e renal. No hospital, Doroty contraiu pneumonia. Ela foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, no dia seguinte.

OUTROS FALECIMENTOS EM SANTA MARIA E REGIÃO 

Funerária Cauzzo

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Adalberto Renato Boezzio, aos 61 anos, foi sepultado no Cemitério Municipal, em Tupanciretã 

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Gilberto Cauduro, aos 83 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria  

13/01
Rubens Millani, aos 68 anos, foi sepultado no Cemitério de Arroio Grande, distrito de Santa Maria  

As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para [email protected] ou pelo telefone (55) 3213-7122

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