Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Anelise Spencer (da esq. para a dir.), Anthony Machado, Tiago Costa, Bruno Chaves, Neilo Machado e Elisandro Costa são voluntários do projeto e ajudaram a escola Walter Jobim, onde Priscilla Trindade (à dir.) é vice-diretora
Com a intenção de provocar mudanças,
despertar a conscientização da gurizada e dialogar com adolescentes sobre temas atuais, um grupo de voluntários de Santa Maria passou a percorrer escolas da cidade promovendo palestras, atividades culturais e limpezas coletivas das instituições. A última atividade de 2017 da turma do projeto Escola da Vida ocorreu em dezembro. Na ocasião, quatro voluntários realizaram o corte da grama e a limpeza do pátio da Escola Walter Jobim. Para isso, o grupo contou com o auxílio de um jardineiro.
- Nunca tinha feito nada semelhante. Confesso que foi bem cansativo, mas muito gratificante, porque, assim, mostramos que queremos ajudar o local em tudo o que for possível - comenta o coordenador do projeto, Bruno Chaves, 21 anos, que é estudante de Engenharia Civil na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
VOLUNTARIADO
O projeto Escola da Vida começou a ser desenvolvido em Santa Maria desde 2013 e é formado, atualmente, por cerca de 20 voluntários. A iniciativa é ligada à Organização Não-Governamental (ONG) Mocidade para Cristo, que abrange diferentes igrejas e existe há 60 anos no Brasil. Os voluntários, em geral, são jovens estudantes e profissionais, como Bruno, que ingressou no grupo em 2014. Ele ficou sabendo do projeto por meio de uma divulgação feita pela turma da iniciativa na universidade.
- Eu me identifiquei, porque o projeto tem como objetivo promover a cultura da paz dentro da escola, incentivando a não violência e dialogando com os jovens de uma forma simples - comenta o voluntário.
Além de atividades como a limpeza e a manutenção das instituições, o projeto agenda palestras gratuitas em escolas de Santa Maria. Entre as escolas já visitadas pelo grupo, estão, além da Walter Jobim, a Naura Teixeira, a Celina de Moraes, a João Belém, a Margarida Lopes e a Batista, além do colégio Centenário.
- Nessas conversas, falamos sobre carreira profissional, bullying e família. Além disso, o projeto desenvolve atividades culturais, como música e teatro, e dialoga com os pais dos alunos - acrescenta Bruno.
Cooperação mútua é o segredo de cidadania dos Caras do Bem
Para o também voluntário e militar Neilo Roberto Machado, 47 anos, a proposta de conversar com os pais da gurizada também é interessante, porque incentiva a participação deles na vida escolar dos filhos.
- Sempre fiz algum tipo de trabalho voluntário. Mas, há quatro anos, eu estava em Santa Maria e ainda não tinha ingressado em nenhum. Então, meu filho foi convidado para participar do Escola da Vida. Hoje, eu e minha mulher
também estamos participando e fazendo palestras - conta Neilo.
FUTURO
Para 2018, os voluntários pretendem seguir firmes com as atividades e estão organizando a agenda para as visitas. Interessados em participar da iniciativa ou em receber o projeto podem entrar em contato pelo telefone (55) 99158-9326 ou pela página MPC Santa Maria, no Facebook.