Solidariedade

Voluntárias criam perucas para pacientes em tratamento contra o câncer

Gabriela Perufo

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Você já deve ter ouvido falar sobre campanhas que arrecadam cabelos para confecção de perucas para pacientes em tratamento contra o câncer. Mas já parou para pensar quem é que faz as perucas? Em Santa Maria, um grupo de voluntárias se reúne, semanalmente, para trançar os fios e transformá-los nesses acessórios que ajudam a elevar autoestima, combustível importante na luta contra a doença.

A iniciativa começou com a arrecadação de cabelos dos voluntários da Legião do Bem, parceiros do projeto intitulado "Solidariedade moldada fio a fio". Atualmente, o grupo contabiliza cerca de 15 quilos de cabelos naturais, o suficiente para criar 200 perucas. Quando as primeiras ficarem prontas, irão para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), onde será inaugurado um banco de perucas para meninas e mulheres em tratamento.

A psicóloga do grupo, Cátia Bairro Ferreira, explica que é importante que cada peruca combine com a personalidade da paciente e, por isso, é importante ter diferentes opções de corte e de tonalidades:
_ O percurso que a pessoa atravessa no tratamento já é difícil, e um dos efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia é perder cabelos e pelos. Isso afeta diretamente o bem estar e a autoestima da paciente. A peruca significa beleza, autoestima, feminilidade e restabelece um significado muito pessoal, especialmente para a mulher.

Quem ensina as voluntárias a fabricação é Araceli Aires Silva, 70 anos. Ela trabalhava como cabeleireira e, há 22 anos, confecciona perucas.
_ Eu sempre quis fazer trabalho voluntário e estou adorando. É mais gratificante para nós do que para quem recebe _ comenta Araceli.

Aos 20 anos, Jéssica Pretto, estudante de Educação Especial, participa do projeto desde janeiro:
_ É uma forma de trabalhar com as crianças em tratamento, mas também de ajudá-las _ comenta.
Atualmente, o grupo de cerca de 10 pessoas se reúne duas vezes por semana. Mas a ideia é aumentar o número de voluntários, para aumentar a produção.

Quem quiser doar cabelo precisa conservar as mechas para que tenham, no mínimo, 15 centímetros. A doação pode ser entregue na Oncocentro (11º andar da Policlínica Provedor Wilson Aita, das 8h às 18h) ou no Centro de Apoio à Criança com Câncer (Rua Erly de Almeida Lima, 365, Camobi. Das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min).

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