Você é sua prioridade? Ou está no fim da fila?

Fabiana Sparremberger

Você é sua prioridade? Ou está no fim da fila?

É um desafio e tanto encontrarmos uma mulher que se coloca como prioridade da sua vida, em primeiro lugar na sua agenda diária. Costumeiramente, no tempo que resta “livre” do trabalho, os filhos vêm em primeiro lugar; depois vêm o companheiro ou algum outro familiar; e por aí vai uma lista interminável. 

Em que momento a mulher consegue ter um tempo só para si, em que seja a sua própria prioridade? Algumas poucas já conseguiram, mas a grande maioria ainda está para o fim da fila – ou nem na fila está. Raramente, consegue um tempinho para si mesma, mas isso não tem lugar fixo na agenda. É somente para quando sobrar algum tempinho. 

Não foi diferente comigo. Demorei para me dar conta de que eu precisava me posicionar de uma melhor forma nessa fila. E aqui não se trata de responsabilizar os outros por isso, e, sim, entender que ninguém vai priorizar você do jeito que merece se isso não começar pela maior interessada. E o que acontece quando começamos a nos priorizar? Geralmente, passamos de um extremo para o outro. Nunca nos colocamos no início da fila, e quando nos damos conta disso, passamos a ser as primeiras sempre. E aí vem a culpa por estar se priorizando em detrimento aos outros que estão em volta. Isso aconteceu também comigo. Passei a preencher a agenda com as minhas prioridades, até que ela ficou superlotada. Aí parei e pensei: “opa, estou, de novo, passando de um extremo ao outro. E nenhum extremo é saudável. Vamos olhar de novo para essa agenda e procurar um equilíbrio. O fato de me priorizar não pode pesar para mim e para quem está à minha volta, foi o que pensei”.

Hoje, olho para minha agenda e constato equilíbrio, pelo menos na maioria dos dias. Tem trabalho, tem filho, tem lazer e diversão e, mais importante que isso, tem EU! E quando é preciso reagendar algo, não são os compromissos em que sou prioridade que são rifados. Porque não adianta nos priorizarmos se, toda vez que surge um compromisso novo, é você quem cede o seu lugar. 

Meu exercício físico matinal em meio à natureza, a aula com minha personal trainer, minha terapia semanal, a doutrinária no centro espírita, meus momentos de lazer e diversão em casa ou fora dela: todos são tão importantes quanto uma relevante agenda profissional – e para quem valoriza tanto o trabalho como eu, foi bem desafiador chegar a este ponto. E isso é bom não apenas para mim, mas para quem me cerca. Eu estarei mais feliz, mais realizada, mais plena se me priorizar. Todos os demais serão, também, beneficiados. Se você se sente egoísta ou um ser humano com pouca empatia, promova essa reflexão. Quando você se ama a ponto de se colocar em primeiro lugar, você ama o próximo da melhor forma, da maneira que ele merece. “Amar o próximo como a si mesmo”, foi apenas isso que nos pediu Jesus.    

Deveria ser mais fácil, mas – ainda – não é para nós, mulheres. Acredito que é um caminho sem volta quando decidimos nos priorizar – e é uma estrada que transforma e liberta. Quando você começa a colher os resultados desse exercício de autoamor e de autoestima, o mundo em sua volta também muda. E para muito melhor, dia após dia. Analise sua agenda, exercite-se no amor próprio e sinta os inúmeros benefícios que isso vai lhe trazer para o corpo, para a alma e para todos que têm o privilégio da sua companhia.

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