Vizinhos temem novos acidentes em local onde jovens se feriram gravemente em Santa Maria

O acidente de trânsito que deixou cinco pessoas feridas, na manhã de domingo, na área central de Santa Maria, reacendeu uma antiga preocupação de moradores das proximidades. Na ocasião, um Honda Fit e uma BMW colidiram, na esquina das ruas Felipe de Oliveira com Duque de Caxias.

Com impacto, o Fit foi projetado contra um muro. As circunstâncias do acidente ainda não foram esclarecidas. Porém, quem reside próximo ao local afirma que casos como este são frequentes. Até o fechamento desta edição, quatro vítimas seguiam internadas, sendo que duas delas em estado grave.

O agente penitenciário Anderson Prochnow, 37 anos, que mora próximo ao local do acidente e foi um dos primeiros a acionar o socorro às vítimas, conta que casos como de domingo não são novidade. Ele conta que, há dois anos, após um pedido de melhorias no cruzamento junto à prefeitura, foram trocadas as placas de sinalização de trânsito e, ainda, pintada uma sinalização horizontal determinando a parada de veículos antes de cruzarem a Duque de Caxias, que é a preferencial.

_ O problema é que esse sinal de pare já está apagado devido à ação do tempo. Até acontecem poucos acidentes se for considerado o grande número de carros que trafegam pelo local _ avalia o agente penitenciário.

Sinalização do local será renovada pela prefeitura

O morador conta que a situação do cruzamento afeta ainda a rotina de quem reside nas proximidades. Segundo ele, os vizinhos evitam transitar pelas calçadas próximas à esquina por causa da apreensão.

_ A solução seria a colocação de quebra molas nas duas vias. Há cerca de três anos, tivemos uma carro incendiado após uma colisão. Ano passado, tivemos uma Kombi do Lar das Vovozinhas que capotou _ diz.

Segundo o secretário municipal de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Passini, a sinalização no cruzamento será renovada. Passini lembra que há um projeto que prevê, para 2014, a instalação de 90 lombadas eletrônicas e caetanos na cidade.

Por que o bafômetro não foi feito

De acordo com o delegado Marcos Rogério Ribeiro, que responde interinamente pela Delegacia de Trânsito, a ocorrência do caso foi registrada. No entanto, como não houve morte, o caso está sendo tratado por lesão corporal culposa. Conforme Ribeiro, para que seja aberto um inquérito policial para investigar o caso, existe a necessidade de que os envolvidos solicitem que isso seja feito. Porém, por enquanto, esse contato não foi feito junto à delegacia.

Mesmo assim, o delegado adianta que providências já estão sendo tomadas pelos agentes que devem investigar o caso.

_ Por enquanto, não houve um contato formal dos envolvidos. Mesmo assim, para garantir que as provas não se percam, já estamos tomando precauções.

Testemunhas já foram identificadas e estamos atrás de imagens de câmeras de segurança instaladas nas proximidades do acidente.
Por telefone, o condutor da BMW, Felipe Berleze Montipo, 31 anos, afirmou que, por enquanto, não falará sobre o caso. Da mesma forma, familiares da motorista do Honda Fit, Rafaela Gelatti Senna, 22 anos, não decidiram quais providências serão tomadas. A situação será analisada juntamente com o advogado contratado pela família.

Sobre o fato de ambos os condutores não terem sido submetidos ao teste do bafômetro, o comandante do 1ª RPMon, tenente-coronel Sidenir Cardoso, explica que, quando os motoristas estão inconscientes ou precisam ser deslocados diretamente para atendimento médico, não é feito o exame.

Até o fechamento desta edição, Rafaela seguia internada no CTI do Hospital de Caridade em estado estável. Já o caso da passageira Fabiana Carvalho Machado, 28 anos, continua gra"