saúde animal

Vistoria e equipamentos: o que falta para o castramóvel começar a funcionar em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Na última semana, a prefeitura de Santa Maria divulgou a vencedora do processo de licitação do castramóvel. A Ninagut Consultoria Veterinária, uma empresa de Minas Gerais ganhou o pregão eletrônico, pois ofereceu o menor preço (R$ 310.800) para realizar o serviço, que contempla a castração e a microchipagem de cães e gatos com recursos públicos. Agora, ainda restam uma série de etapas práticas e burocráticas para que o trailer - onde os procedimentos serão feitos - comece a operar na cidade. 

De acordo com o superintendente de Bem-Estar Animal do município, Alexandre Caetano, o próximo passo vai ser uma avaliação técnica da empresa. A estimativa é de que 86 cirurgias sejam feitas, priorizando fêmeas porque elas costumam apresentar mais problemas reprodutivos, como tumores venéreos, infecções uterinas e neoplasias mamárias.

A etapa seguinte é a locomoção da empresa mineira até Santa Maria para equipar a estrutura cedida pela prefeitura. Atualmente, a parte interna do castramóvel está vazia. Após a montagem dos equipamentos, o Conselho de Medicina Veterinária deve realizar uma vistoria para verificar se está tudo adequado. Apenas com a finalização dessas etapas e, por fim, a assinatura da ordem de serviço, o castramóvel poderá começar a funcionar, de fato, na cidade.


PRAZO
Mesmo com adiamentos no processo de licitação e prazos prorrogados para o cadastro das Organizações Não-Governamentais (ONGs) que devem atuar na logística do projeto, a prefeitura ainda mantém março como data para começar a castrar os primeiros animais pelo serviço. 

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ESTRUTURA
O município já possui o trailer do castramóvel. Na prática, um trator vai ser utilizado para tracionar o equipamento pelos bairros da cidade.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)

CIRURGIAS
Inicialmente, o método definido para a cirurgia de fêmeas pelo edital era a ovariectomia (retirada apenas dos ovários) e, "em casos de excepcionalidade, como infecções uterinas (piômetras), gestações em início ou outro fator avaliado pelo médico veterinário cirurgião", a ovariohisterectomia seria indicada, o que dividiu a opinião de profissionais que atuam na proteção animal, apontando riscos que poderiam surgir após o procedimento de retirada apenas dos ovários. 

A informação, que consta no item 4.1 do edital de abertura da licitação, foi confirmada pelo superintendente de Bem-Estar Animal, que chegou a afirmar ao Diário que seriam feitos os dois tipos de cirurgia: a de retirada dos ovários (ovariectomia) e a de remoção do útero e dos ovários (ovariohisterectomia).  

A veterinária Letícia Adamy, que também atua no resgate de animais na cidade, chegou a se cadastrar, há cerca de dois anos, para participar dos grupos que vão encaminhar os animais para as cirurgias. Depois de saber dos métodos, reconsiderou: 

- Em razão da retirada apenas dos ovários, o animal ainda corre o risco de infecção uterina (piometra). Se, por acaso ficar um pedaço do ovário, um pedaço remanescente, o órgão pode regenerar e a cadela pode entrar no cio novamente. 

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RECONSIDERAÇÃO

Na terça-feira à tarde, no entanto, a prefeitura confirmou, por meio de material divulgado no site institucional, que apenas a remoção do útero e ovários (ovariohisterectomia), será feito no castramóvel.

Conforme a prefeitura, não houve alteração no edital. Em conversa com a equipe da empresa vencedora do pregão, a Superintendência de Bem-Estar Animal identificou que a experiência dos profissionais é maior com a técnica da ovariohisterectomia, que é um procedimento mais tradicional, mas também é mais completo. Em função disso, para maior segurança dos animais atendidos a empresa e o Executivo optaram por focar o trabalho neste tipo de procedimento. 

CADASTRO DAS ONGS
As Organizações Não-Governamentais (ONGs) também devem atuar no trabalho do castramóvel. A principal função será intermediar o contato com as famílias em situação de vulnerabilidade social e encaminhar os animais para a cirurgia.

Em um primeiro momento, as ONGs tinham até o final de janeiro para se cadastrar. Porém, o prazo foi estendido. É possível fazer o cadastro até sexta-feira pelo telefone (55) 3921-7138. Até agora, pelo menos oito ONGs já efetuaram a inscrição. 

Laura Gomes

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