julgamento

VÍDEO: quem são os promotores que vão atuar no júri do caso Kiss

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)
Lúcia Helena e David serão os promotores que atuarão no júri

A menos de dois meses da realização do primeiro julgamento do principal processo criminal sobre o incêndio da boate Kiss, o Ministério Público concedeu uma entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira, ao lado da Associação de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), em que apresentou os dois promotores de Justiça que irão representar o órgão em plenário.

Logo no início da coletiva, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, fez questão de deixar claro que a relação entre o Ministério Público e a associação está em outro patamar, em referência às divergências entre as duas partes:

- Nós temos uma situação que é maior do que tudo isso, que é a necessidade desse julgamento o mais rápido possível, assim como a necessidade de estarmos unidos nesse momento tão significativo. Não há mais espaço para divergência. Tivemos dificuldades, sim, mas para todos nós é página virada.

Veja mais no vídeo:


De acordo com David Medina da Silva, um dos promotores que atuará na acusação e que possui atuação na área criminal, o processo já demorou tempo demais.

- Meu papel é dar a minha contribuição, reforçando sempre a convicção de que estamos diante de um crime doloso, uma convicção que foi acolhida pelo STJ, da qual não vamos abrir mão em nenhum dos julgamentos. Estamos diante de um crime grave, que vitimou as pessoas com a intenção de matar e é isso que vamos sustentar até o fim, em todas as instâncias - afirmou.

Para a promotora Lúcia Helena de Lima Callegari, o papel do MP é buscar por justiça:

- O luto de vocês é meu luto. É um luto com o qual eu tenho que me agarrar com todas as forças para que tenhamos justiça. Queremos que isso sirva de exemplo. Os erros não podem ser repetidos. Situações como essas não podem acontecer de novo. Os senhores têm que ter força suficiente para estarem do nosso lado para dizer ao Brasil e ao Mundo que eles erraram e têm de ser punidos.

Antes da coletiva de imprensa, os promotores visitaram o prédio onde funcionava a boate Kiss e o Centro de Convenções da UFSM, onde ocorrerá o primeiro julgamento, em 16 de março

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QUEM SÃO

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">David Medina da Silva é graduado em Direito pela Universidade Federal de Pelotas. Tem especialização em Direito Público pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e é mestre em Direito pela Fundação Escola Superior do Ministério Público.

Promotor de Justiça no Rio Grande do Sul desde 1996, iniciou a carreira em Iraí e, na sequência, trabalhou em Frederico Westphalen, Guaíba, São Leopoldo e Porto Alegre, onde atuou na Vara do Júri e foi coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal. David Medina ocupou o cargo de presidente da Fundação Escola Superior do Ministério Público entre 2013 e 2019. Com o fim do mandato, atua desde o início deste ano na Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre.

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É professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da FMP, ministra também a disciplina de Tribunal do Júri nos cursos de pós-graduação e preparatório da FMP e da Unisc. Autor do livro O Crime Doloso, Medina também colabora em outras diversas publicações, entre livros, artigos e trabalhos acadêmicos. Em 2013, quando era coordenador do Centro de Apoio Criminal do MP, participou da coletiva de imprensa em que o órgão denunciou oito pessoas pelo incêndio na boate Kiss. Na ocasião, afirmou que a intenção era manter o caso em Santa Maria, e que o dolo eventual dessas quatro pessoas ficou amplamente comprovado durante as investigações.

Lúcia Helena de Lima Callegari formou-se em Direito na Universidade de Caxias do Sul em 1994. Em 1997, passou no concurso do Ministério Público e no ano seguinte iniciou a carreira de promotora de Justiça.

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Atuou em Palmeira das Missões e Caxias do Sul e desde 2004 está classificada na Vara do Júri em Porto Alegre, Promotoria de Justiça da qual é diretora atualmente. Experiente, já fez mais de mil júris. Entre eles, muitos de grande repercussão, como o caso Eliseu, quando obteve a condenação dos homens que mataram o ex-secretário de saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos. Recentemente, atuou na condenação dos réus que atacaram judeus na Capital. Lúcia Callegari também atuou nos júris que condenaram o ex-deputado Estadual Gudben Castanheira, crime que chocou o município de Soledade; Ricardo Neis, que atropelou um grupo de ciclistas na capital; Enio Carneti, bioquímico que matou mãe e filho; e obteve também condenação para o homem que cometeu um assassinato no saguão do Aeroporto Salgado Filho.

Atualmente, a promotora é presidente do Conselho Deliberativa do Programa de Proteção à Testemunha, tema com o qual tem profunda ligação. 

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