reportagem especial

VÍDEO: há 1 ano, Santa Maria conta com prevenção combinada ao HIV

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário)

No começo da década de 1980, logo quando o HIV começou a ser relatado, não havia medicamentos disponíveis para tratar e prevenir a doença. Ter o vírus era como uma sentença de morte e, de fato, as pessoas infectadas morriam pouco tempo depois do diagnóstico. Quando começaram a surgir os primeiros remédios, no fim da mesma década, os tratamentos eram paliativos e a resposta imunológica não era boa. O cenário desafiou cientistas do mundo todo e, 40 anos depois, a realidade é outra: o tratamento para o HIV é menos complexo, pode ser sem efeitos colaterais e há métodos, inclusive, para evitar o contágio. Essa evolução tem trazido mais segurança e qualidade de vida para as pessoas que vivem e convivem com o vírus.

Um dos exemplos do avanço é um medicamento, que existe desde 2018 no Brasil, e tem sido usado como meio de proteção contra o vírus do HIV desde outubro do ano passado em Santa Maria: Profilaxia Pré-Exposição, conhecida como PrEP. Há um ano disponibilizada na cidade, a PrEP é um antirretroviral, de uso diário e contínuo, que permite que o organismo esteja preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. A PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns "caminhos" que o HIV usa para infectar o organismo.

O médico infectologista da Casa Treze de Maio, local onde o medicamento é disponibilizado, Guilherme Albarello Weber explica que a melhor forma de entender o funcionamento do remédio é compará-lo ao efeito do anticoncepcional para mulheres. O comprimido deve ser tomado sempre no mesmo horário e quanto mais regular o uso, mais protegida a pessoa estará.

As pílulas estão sendo usadas por cerca de 70 pessoas no município, embora 105 estejam cadastradas para receber o medicamento no Serviço de Assistência Especializada (SAE). Na maioria, são homens de 20 a 30 anos que mantém relações sexuais com outros homens. Ele é fornecido, gratuitamente, na Unidade Dispensadora de Medicações (UDM) do local, aberta durante a pandemia.

- Santa Maria é um município reconhecido por nunca parar os atendimentos à população com HIV. Neste tempo, conseguimos uma farmacêutica concursada, porque é muito importante o trabalho continuado em função da vinculação com o paciente. É muito significativo termos conquistado e aberto a UDM - avalia a enfermeira da Casa Treze de Maio, Julia Bresolin.

Recentemente, a dispensação da PrEP passou a funcionar de maneira semelhante a das medicações para tratamento da infecção por HIV (a TARV, terapia antirretroviral), ou seja: sendo possível que o SUS libere os comprimidos mesmo para quem tiver prescrição particular.

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PÚBLICO-ALVO
Quatro grupos de maior chance de entrar em contato com o vírus, segundo especialistas, são indicados para o uso da PrEP: trabalhadores do sexo (pessoas que trocam dinheiro ou algo de valor), pessoas transexuais (principalmente mulheres), pessoas com parceiros sorodiscordantes (pessoa que tem relação com outra que tem HIV) e homens que praticam sexo com outros homens. Este último grupo representa 90% dos usuários do medicamento em Santa Maria.

O que é levado em consideração, também, é o uso regular de preservativo. Conforme o infectologista Guilherme Weber, se há o uso regular da camisinha, não é necessário tomar o medicamento. Mesmo assim, a decisão fica a critério de cada pessoa. Mesmo evitando o HIV, o medicamento não substitui a proteção trazida pelo preservativo.

- A PrEP não é um incentivo a não usar preservativo. As pessoas já não usam, isso é um fato, mesmo antes de qualquer medicamento. Isso vale para todos os grupos. O medicamento é usado para tentar diminuir o número de pessoas infectadas - explica o infectologista.

O medicamento começa a fazer efeito após sete dias de uso para relação anal e 20 dias para relação vaginal. 


SOBRE A PREP

  • O que é PrEP HIV? A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV
  • Como a PrEP funciona? A combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) bloqueia alguns "caminhos" que o HIV usa para infectar o organismo
  • Em quanto tempo a PrEP começa a fazer efeito? Após usar o medicamento 7 dias para relação anal e 20 dias de uso para relação vaginal
  • Quem pode usar a PrEP? Ela é indicada para aquelas que tenham maior risco de entrar em contato com o HIV
  • Como posso começar a usar a PrEP? Procure um profissional de saúde e informe-se para saber se você tem indicação para PrEP
  • Muito importante é esclarecer que a PrEP não protege de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (tais como sífilis, clamídia e gonorreia) e, portanto, deve ser combinada com outras estratégias de prevenção, como a camisinha

Joseph Taylor Medeiros, 26 anos, é um dos usuários da PrEP e vive em Santa Maria. Ele começou a tomar o medicamento em novembro do ano passado. Residente em enfermagem, ele toma o comprimido diário como forma de prevenção - pela proteção como profissional da saúde e para as relações sexuais.

- Eu estou solteiro, não uso por ter um parceiro ou porque vou transar com todo mundo sem camisinha, mas por segurança e prevenção. Se acontecer algum imprevisto, estou protegido. Não fico mais com aquele medo de ser infectado. Por conviver no meio da saúde e saber o que as pessoas passam, principalmente em relação ao preconceito que ainda existe, e eu prefiro me cuidar - explica.

Medeiros acredita que a PrEP é uma boa proposta de prevenção, mas teme que a indicação do medicamento seja banalizada e que as pessoas acabem dispensando o uso de camisinha.

- Ela previne contra o HIV e não contra as outras infecções sexualmente transmissíveis, por isso é importante lembrar sempre do preservativo - reforça.

Para ele, educação em saúde é importante para evitar a banalização e para que as pessoas usem o medicamento de forma consciente. Ele relata que ainda há muito desconhecimento e tabu sobre o uso de métodos preventivos mais recentes.

- Eu mesmo, durante a graduação, só fui conhecer os métodos lá pelo meio do curso. Alguns profissionais da saúde desconhecem, então para a população em geral, é ainda pior. Existe um estigma de que quem usa a PrEP não quer usar camisinha. Pode acontecer de relaxar, descuidar, mas isso já acontece independentemente do uso da PrEP ou não - conta.

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SORODIFERENTES

Outro usuário da PrEP, um jovem de 24 anos, que vive em Santa Maria e pediu para não ter o nome divulgado na reportagem, relata que está em uma relação sorodiferente há oito meses. Há dois meses, a parceira descobriu que estava infectada com o vírus do HIV. Ele toma a medicação há um mês como forma de prevenção, combinando com o uso de preservativo. De acordo com ele, não sentiu efeitos colaterais, mas tem dado uma atenção aos rins, tomando bastante água e fazendo os exames necessários. A companheira está em tratamento desde que descobriu a imunodeficiência.

- Eu pretendo seguir usando, até ela ficar indetectável. Eu não tinha conhecimento da possibilidade do uso do medicamento, mas é uma forma de nos dar mais segurança - relata.

ENTENDA

  • PrEP - Profilaxia Pré-Exposição
  • PEP - Profilaxia Pós-Exposição
  • IST - Infecção Sexualmente Transmissível
  • TARV - Terapia Antirretroviral (conjunto de medicamentos utilizados no tratamento da infecção causada pelo retrovírus HIV)
  • PVHIV - Pessoas Vivendo com HIV
  • UDM - Unidade Dispensadora de Medicações

A LINHA DE CUIDADOS NA ATENÇÃO BÁSICA
Santa Maria também possui uma Linha do Cuidado a PVHIV e outras ISTs nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) na Vila Bela União, Alto da Boa Vista e na Vila Maringá com o matriciamento da Casa Treze de Maio. O médico generalista Mateus Selle Denardin, da ESF Bela União, fez parte do grupo de profissionais que ajudou na implantação da PrEP no município. Ele participou das capacitações e reuniões e se diz um entusiasta desta ferramenta de prevenção e, inclusive, tem prescrito:

- A PrEP é uma das opções mais modernas em termos de prevenção ao HIV. Faz parte de um conjunto amplo de abordagens que chamamos de prevenção combinada, que oferece aos usuários uma variedade de ações possíveis que podem ser usadas para prevenção, tratamento e redução de danos em termos de HIV/AIDS e outras ISTs, considerando as individualidades de cada pessoa. Os estudos são promissores, e a perspectiva é de que tenhamos PrEP injetável e de uso em maior intervalo de tempo no futuro, facilitando a adesão dos usuários e promovendo uma interrupção mais efetiva na linha de transmissão do HIV. Isso se a vacina não chegar antes.

De acordo com o médico, a PrEP, sendo uma estratégia de profilaxia, age como uma medida preventiva a uma possível infecção pelo HIV, funcionando no mesmo sentido que uma vacina (com a diferença de a PrEP precisar de um uso mais contínuo e regular para atingir sua eficácia máxima). Por isso, conforme Denardin, é necessário ampliar muito mais a oferta e facilitar ainda mais o acesso das populações-chave a ela.

Ele também ressalta que, como tudo no meio biomédico-farmacológico, a PrEP é passível de trazer efeitos colaterais, mas felizmente eles são em sua maioria sintomas leves e transitórios, que dificilmente se sobrepõem, para quem está usando, aos benefícios da medicação.

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OBJETIVO SIMILAR AO DA VACINA
Enquanto diversos países, incluindo o Brasil, fazem testes de uma vacina experimental que pode prevenir a infecção pelo vírus HIV, a PrEP, como explica o médico infectologista Guilherme Weber, já cumpre o mesmo objetivo dos imunizantes. Assim como qualquer medicamento e imunizante, o remédio pode trazer efeitos colaterais. De 10 a 20% dos usuários apresenta dor de cabeça, tontura ou desconforto gastrointestinal. Em poucos dias, os sintomas desaparecem. Mas a maioria não sente nada. O efeito colateral mais grave, já que se trata de um medicamento de uso contínuo, são problemas nas funções renais. Assim que começa a fazer uso da PrEP a pessoa é submetida, nos três primeiros meses, a exames mensais de sangue para analisar os níveis de creatinina. Depois, o exame é feito apenas uma vez por ano. Diabéticos e idosos, por exemplo, precisam fazer o exame com mais frequência.

Diferente do Brasil, os protocolos americanos, de alguns países da América Latina, como a vizinha Argentina, e da Organização Mundial da Saúde (OMS) preveem o uso da PrEP para grupos mais amplos.

- A infecção do HIV geralmente está ligada à prática do sexo anal. Por que o heterossexual não está nos "grupos de risco?" Homens que tem múltiplas parceiras, por exemplo, o ideal seria que fizesse uso do medicamento, mas não está no protocolo do Ministério da Saúde - critica o infectologista.

PEP: ''PÍLULA DO DIA SEGUINTE" EM MEDIDA DE URGÊNCIA
Além da PrEP, o município também oferece a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) que pode ser comparada à pílula do dia seguinte.

A PEP é uma medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV. O uso é indicado para casos como violência sexual e relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento). A pessoa deve tomar o medicamento em até 72h após a relação sexual (com maior eficácia se for ingerido com até seis horas após a exposição ao vírus). O uso é pontual. São dois comprimidos que devem ser tomados durante 28 dias. Como é algo mais urgente, o medicamento é fornecido, também de graça, nos pronto-atendimentos da cidade (UPA, Patronato e Tancredo Neves), já que a Casa Treze não funciona 24h. A estimativa é que cerca de 20 pessoas usem a medicação por mês na cidade.

- Normalmente, são pessoas que tiveram exposição ao vírus em relação consentida. E tem também as pessoas que sofrem acidentes de trabalho, e precisam fazer uso do medicamento. A gente sempre orienta para ter o cuidado de não usar muitas vezes. O ideal é usar uma vez a cada seis meses - explica o infectologista Guilherme Albarello Weber.

A PEP, ao contrário da PrEP, não é específica para grupos. Qualquer pessoa pode utilizar.  

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RIO GRANDE DO SUL É PIONEIRO

O Rio Grande do Sul iniciou a dispensação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) pelo SUS ainda em 2018. O Centro de Testagem e Aconselhamento do Hospital Sanatório Partenon, em Porto Alegre, foi o primeiro serviço no Brasil a fazer a dispensação. Atualmente, o medicamento pode ser encontrado em 30 municípios, entre eles Santa Maria.

A coordenadora da Política de IST/Aids da Secretaria da Saúde, Ana Lúcia Baggio, ressalta que o uso correto do medicamento reduz o risco de infecção por HIV em mais de 90%. Ana Lúcia informa que quase 3 mil pessoas estão cadastradas no estado para receber o medicamento.

- Percebe-se uma melhora no autocuidado com a saúde e no uso adequado de outras estratégias de prevenção, como o preservativo, já que o uso continua sendo incentivado. Os usuários também relatam que se sentem mais seguros nas relações sexuais - analisa Ana Lúcia.

Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul figura sistematicamente entre os primeiros estados do Brasil em casos, com taxas de detecção do HIV superiores à média nacional. Em 2019, com dados baseados no Boletim Epidemiológico de HIV/Aids nacional publicado em 2020, os gaúchos ocupavam a terceira posição em número de casos - Porto Alegre era a primeira capital do Brasil. A taxa de detecção do vírus naquele ano, no RS, foi de 28,3 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa 3.224 pessoas. Os números são menores do que em 2016, quando o índice era de 32,6 casos para cada 100 mil habitantes. Com os dados ainda abertos, em 2020, foram registrados 3.405 exames positivos no Estado. 

CARGA VIRAL NÃO-DETECTÁVEL E DÉFICIT DE ADESÃO AO TRATAMENTO
A Farmácia de Terapia Antirretroviral do Husm disponibiliza medicamentos a 1.538 pacientes cadastrados. Dos pacientes em tratamento, 102 pacientes estão com carga viral detectável, o que representa 7,4% do total de pacientes. São pessoas em início de tratamento e os pacientes com má adesão ao tratamento, que não atingem carga viral indetectável porque, por variados motivos, não conseguem tomar os medicamentos corretamente. Além dos pacientes em tratamento, a farmácia tem mais 162 PVHIV em abandono de tratamento.

 O Husm, diferentemente da Casa Treze de Maio, atende as PVHIV de Santa Maria e região. A farmácia realiza atendimentos aos pacientes provenientes principalmente dos ambulatórios de infectologia do Husm. Este é um serviço com consultas reguladas, ou seja, não é porta aberta como a Casa Treze de Maio, devido a isso não tem a pretensão de implantar a PrEP. Além dos ambulatórios, também há os pacientes internados na instituição, então o foco se concentra mais nesses pacientes mais graves, que já desenvolveram a aids.

A maioria das PVHIV, que realizam o tratamento corretamente, fica indetectável em seis meses. O tempo pode se prolongar até um ano, mas são raros os casos. Caso algum paciente não atinja carga viral indetectável, após um ano de tratamento com boa adesão, é realizado o exame de genotipagem para identificar se o vírus daquele paciente específico possui alguma mutação que confira resistência viral.

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IMPORTÂNCIA DE FAZER TESTES E QUEBRAR ESTIGMAS
De acordo com dados do Ministério da Saúde, Santa Maria tem cerca de 2, 7 mil Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV), incluindo pacientes em tratamento na rede pública e privada. São 1.061 cadastradas na Casa Treze de Maio, 1.376 no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e 263 que não estão cadastrados na Casa ou no Husm, mas que receberam o diagnóstico e/ou estão fazendo consultas e tratamentos privados ou podem não estar fazendo o tratamento.

Na Casa Treze, dos mais de mil pacientes cadastrados, 956 estão fazendo uso da terapia antirretroviral (TARV), 858 já estão indetectáveis, 98 em início ou não assimilam a medicação e 105 em abandono de tratamento.

BAIXA PROCURA
Para o uso da PrEP o atendimento é por livre demanda. Uma característica é que principalmente o grupo de gays e bissexuais procura o medicamento. O objetivo é fazer campanhas de busca ativa de transexuais e profissionais do sexo. As equipes de saúde orientavam por meio de conversas o público transexual, mas informaram que com a pandemia o trabalho ficou mais difícil. Ocorre também de os testes de HIV serem feitos, mas muitos testados não retornarem. Um dos motivos é o receio à exposição.

- Existe divulgação, mas como precisa retirar o medicamento, participar das consultas, é um vínculo, e isso acaba afastando essas pessoas da casa. Ainda existe muito estigma em relação ao serviço, a fazer o primeiro teste e seguir o tratamento recomendado. As pessoas entram aqui e acham que todo mundo tem HIV. E não é bem assim - ressalta a enfermeira Julia.

Quem deseja tomar a PrEP precisa esperar, em média, um mês para conseguir a primeira consulta. Depois não há espera para os atendimentos trimestrais. A retirada do medicamento, geralmente, é feita no início do tratamento, quando um frasco, que dura 30 dias, é levado para casa. Depois, a pessoa pode retirar para três meses. Os retornos para acompanhamento médico acontecem de 3 a 4 meses.

- O remédio vem para trazer mais qualidade de vida. HIV ainda tem transmissão. A PrEP vem como uma outra estratégia, associada às demais, para a prevenção. Tem paciente que relatou que tinha medo de romper o preservativo e, por isso, não conseguia ter relações sexuais. Agora usando a profilaxia ele consegue ter uma vida sexual ativa - salienta Julia.

A dispensa do medicamento faz parte de um sistema nacional. Se a pessoa cadastrada no sistema sair de Santa Maria e for para qualquer local do país terá a medicação disponível.

CASA TREZE DE MAIO
É um Serviço de Assistência Especializada (SAE) e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) com foco na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), HIV e Hepatites Virais (B e C).

Atende pessoas com idade a partir dos 18 anos (salvo particularidades), trabalha com a prevenção e a assistência ao usuário, com acolhimento, distribuição de insumos (preservativo, lubrificante e informativos) e quatro tipos de testagem rápida (HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C).

RETIRADA DE MEDICAMENTOS NA CASA TREZE*

  • Onde - Rua Riachuelo, 364
  • Atendimento - Segunda a sexta-feira, das 7h30min às 12h e das 13h às 16h30min. Nas quartas-feiras, das 7h30min às 9h30min e das 13h às 16h30min
  • Informações - (55) 3921-7291

*No primeiro dia útil de cada mês, a unidade fica fechada

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MITOS E VERDADES

  • Todas as pessoas podem usar a PrEP? Mito. Pessoas consideradas de baixo risco não são aconselhadas a usar a PrEP, porque nesse caso as chances de efeito colateral são maiores do que o benefício. Indivíduos que já tiveram ou tem algum problema hepático são orientadas a não utilizar a PrEP, já que o medicamento pode afetar tanto a função do rim quanto a função do fígado e agravar o quadro.
  • Casais sorodiscordantes que querem engravidar não podem fazer uso da PrEP? Mito. Casais sorodiscordantes são aqueles em que ele ou ela tem o vírus do HIV e o outro não. Eles devem procurar o serviço de saúde ou médico. A pessoa que vive com o vírus HIV tem que ter uma carga viral indetectável e boa saúde. Aquele que não tem o vírus começará a usar a PrEP quando eles forem tentar engravidar. Assim, a proteção aumenta acima de 95%.
  • Outras IST's, além do HIV, são prevenidas pela PrEP? Mito. A PrEP previne apenas o HIV. Por isso é importante fazer a prevenção combinada, usar preservativo, usar a PrEP e testar sempre para o HIV e outras IST's.
  • Os usuários da PrEP são informados sobre a prevenção combinada? Verdade. Orienta-se todos os participantes do projeto do PrEP SUS. Quando eles vão ao serviço de saúde, além de pegar o medicamento, eles também levam preservativo e lubrificante. Sempre são orientados a fazer uso do preservativo.

Fonte: Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e Ministério da Saúde

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

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