VÍDEO: com calorão e estiagem, incêndios em campo crescem 152% em Santa Maria

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Foto: Eduardo Ramos (Especial)

A estiagem prolongada no Rio Grande do Sul transformou os campos outrora verdes em uma mistura deprimente de tons de marrom, amarelo e cinza. A vegetação completamente seca fica suscetível ao fogo. Entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, os incêndios em campo cresceram 152% em Santa Maria. As ocorrências oferecem perigo aos moradores, prejuízo em lavouras e deixam um rastro de destruição. 

Conforme dados do Corpo de Bombeiros, entre 1º de dezembro e 21 de janeiro, houve 111 ocorrências de queimadas em vegetação em Santa Maria, contra apenas 44 no mesmo período do ano anterior. O número de atendimentos nestas últimas semanas se aproxima da quantidade de ocorrências atendidas durante 10 meses do ano passado, de fevereiro a novembro, quando foram registrados 137 focos. O aumento expressivo aconteceu com a estiagem e o calorão que beirou os 40ºC.

- A região rural, onde há mais plantações e vegetação em geral, é onde costuma ser registrada a maior parte das ocorrência. Não há dia em que não haja ao menos uma ocorrência atendida - analisa o capitão Anderson Luis Menezes da Silva, do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, com sede em Santa Maria.

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O Corpo de Bombeiros de Santa Maria dispõe de dois caminhões para combate a incêndios, um na sede da região central da cidade e outro em Camobi. Há, ainda, um terceiro caminhão reserva que é empregado quando há um número grande de ocorrências simultâneas. 

Quando a população avistar algum foco de incêndio em vegetação, a recomendação é que acione o 193 do Corpo de Bombeiros imediatamente, para evitar que o fogo se propague e o combate às chamas seja difícil.

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

CARACTERÍSTICAS

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Incêndio em vegetação é caracterizado pelo o fogo fora de controle em áreas florestais, matas, plantações e campos de pastagens. Ocorre normalmente nos períodos de estiagem. Pode ser causado pela propagação de pequenas fogueiras feitas em acampamentos, perda de controle de queimadas realizadas para limpeza de campos, vandalismo, queima de lixo e bitucas de cigarros jogadas próximas a vegetação nas rodovias.

- O pedido é para que as pessoas tomem cuidado ao colocar fogo seja em qualquer lugar, seja lixo ou até mesmo as bitucas de cigarro. Com a seca, o fogo se alastra muito rápido é fácil de se perder o controle, o que pode devastar hectares de vegetação, casas e até mesmo causar a morte de pessoas - alerta o capitão Anderson. 

DADOS DE QUEIMADAS

• 1º de dezembro de 2020 até 21 de janeiro de 2021 - 44 atendimentos - média 0,9 por dia
• 1º de dezembro de 2021 até 21 de janeiro de 2022 - 111 atendimentos - Média 2,14 por dia
• O aumento foi de 152% se comparado o mesmo período de 52 dias de um ano para outro
• Durante todo o período de fevereiro a novembro de 2021 - 137 atendimentos - média de 13,7 ocorrências mês

Para evitar ocorrências de incêndio, fique atento às seguintes dicas:

• style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Sempre capinar a vegetação no local onde for fazer uma fogueira ou colocar velas
• Ao abandonar uma fogueira, apagar com água ou terra
• Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças
• Fazer aceiros - corte da vegetação - ao redor de casas, currais, celeiros, armazéns, galpões
• Manter os aceiros sempre bem roçados
• Optar, sempre que possível, por estratégias alternativas ao uso do fogo, como roçada manual ou por máquinas e plantio direto na agricultura
• Se for fazer uma queimada controlada, fazer no fim da tarde ou de manhã cedo
• Não fazer a queima de lixo em áreas com vegetação seca
• Quando o fogo estiver próximo de residência, a recomendação é para que as pessoas não fiquem no local