meio ambiente

VÍDEO: cidades da Região Central registram mortandade de peixes em rios

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Desde a semana passada, cidades da Região Central têm registrado mortandade de peixes em rios. O problema começou a ganhar repercussão a partir de São Martinho da Serra, quando, no último dia 13, vídeos mostrando peixes mortos no Salto do Guassupi, afluente do Rio Toropi, ganharam as redes sociais. Amostras de água foram coletadas pelo Batalhão Ambiental da Brigada Militar de Santa Maria ainda no mesmo dia e enviados para análise na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).


Mas o problema não parou por aí, e outros municípios começaram a registrar mortes em cardume. Em Faxinal do Soturno, no último sábado, a mortandade foi percebida por produtores rurais que moram próximos às margens da barragem do Montagner, no Rio Soturno. A secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, a Inspetoria Veterinária e a Emater do município estão envolvidas na identificação da causa da morte dos animais.

- Não temos noção da extensão e nem quantidade de peixes mortos. Nos surpreendeu, não temos como explicar, nos deixa tristes ver algo assim, mas vamos tentar descobrir o que aconteceu - disse o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Gilceu Casarin.

Os moradores do entorno percorrem as margens do rio diariamente para verificar se há mais animais mortos. São muitas carcaças de peixes espalhadas ao longo do rio e outros agonizam na superfície da água. Os animais mortos ainda atraem urubus.

- A gente costuma pescar aqui e agora estamos esperando. Temos medo de comer o peixe e ficar intoxicado - diz o servente de pedreiro Jair Ferreira.

A maioria dos peixes apresenta manchas brancas nas escamas e um aspecto viscoso. As espécies são grumatã, carpa, cará, traíra, lambaris e até cascudos.

- Cruzamos na prainha do Mosquito e vimos muitos urubus. Nos aproximamos e tinha uns grumatãs mortos. Nossos amigos mostraram fotos de vários locais com peixes mortos. A maioria tem essa gosma, tipo um limo por cima - relata o borracheiro Wendel Cardoso.

BANHO PROIBIDO
No Balneário de Nova Palma, no Rio Soturno, os primeiros registros foram em 9 de agosto, quando alguns peixes pequenos apareceram mortos nas margens. No dia 12 começaram relatos de animais maiores. Desta vez, com peixes de diversos tamanhos e espécies, como jundiás, lambaris e cascudos. Por meio de nota, a secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município informou que a causa da mortandade é investigada. Enquanto os laudos técnicos não ficam prontos, a comunidade deve evitar recreação, lazer ou consumo da água por pessoas e animais. Além disso, a secretaria pediu que os moradores só consumam peixes com selo de inspeção. Na tarde de quarta-feira, a reportagem foi até o local e adultos e crianças estavam se refrescando na água, ao contrário do que foi recomendado.

Conforme o secretário, Eliardo Cargnin, foi nesta semana que o problema se intensificou. Foi feita uma parceria com as prefeituras de Faxinal do Soturno e Júlio de Castilhos, banhadas pelo rio, e as equipes trabalham para identificar o problema.

*Colaboraram Dandara Aranguiz, Felipe Backes e Janaína Wille

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