data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Derli Soares Junior (Divulgação)
No próximo 27 de janeiro, o incêndio na boate Kiss completa sete anos. O julgamento dos quatro réus está previsto para este ano. Para acompanhar a data, duas campanhas complementares pretendem lembrar a tragédia e conscientizar para que uma tragédia semelhante não se repita. Janeiro Branco é o mês da saúde mental. A campanha idealizada por uma das sobreviventes, a terapeuta ocupacional Kelen Ferreira, propõe lançar uma luz para a saúde psicológica de seis sobreviventes da tragédia.
São seis fotos e vídeos que serão veiculados na página Kiss: que não se repita até 27 de janeiro. Já a Kiss 7 anos conta com 10 fotos que serão publicadas entre janeiro e fevereiro, além de vídeos de familiares. Os audiovisuais devem ser postados até março, mês em que deve acontecer o primeiro julgamento.
A ideia de uma campanha focando na saúde mental de sobreviventes, amigos e familiares já existia desde que a tragédia completou cinco anos. Kelen se junto ao produtor editorial André Polga, e eles contaram com o apoio voluntário do fotógrafo Derli Soares Júnior. Entretanto, em 2020 que a campanha de fato ganha vida.
- Nós buscamos sobreviventes que não se importam em abordar o assunto. Tem muitos que não gostam de falar sobre - conta Kelen.
Os seis sobreviventes da tragédia que participam são Angélica Sampaio, 27 anos, Cristina Peiter, 30 anos, Delvani Rosso, 27 anos, Gustavo Cadore, 38 anos, Juciane Bonella, 28 anos, e a própria Kelen, de 26 anos. Desde 2 de janeiro, o material começou a ser divulgado.
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- O link dos vídeos é referencial a saúde mental, ressaltando que não é apenas o apoio psicológico que ajuda a equilibrar a emnte e as emoções, mas também o auxílio de amigos e familiares. Alguns citam até a própria religião - detalha André Polga.
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Os seis sobreviventes que participam da campanha Janeiro Branco
Além de Kelen, André e Derli, as campanhas também são produzidas pela publicitária Bel Bonotto e a estudante de Jornalismo Natália Venturini. Uma exposição da campanha também é produzida por Kelen. Na quinta-feira, Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde Kelen trabalha atualmente, inaugurou os quadros que ficam em um corredor dedicado a trabalhos artísticos.
- Pensei em falar como que foi para cada um dos sobreviventes a lidar com a tragédia, as marcas físicas e psicológicas, o que ajudou a cada um seguir em frente e ser resilientes. Pois não podemos dizer que superamos, isso nunca irá acontecer, mas tentamos aceitar todos os dias e entender - explica Kelen.
Inicialmente, a campanha é exposta em janeiro em Pelotas. Ainda não há previsão da exposição em Santa Maria, mas os organizadores estão abertos para parcerias que permitam exibir os quadros na cidade.
*Colaborou Leonardo Catto