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VÍDEO: 'sobrevivo da economia que gira no bairro', diz comerciante do Bairro Renascença

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)

Já era quase meio-dia da última quinta-feira quando o carpinteiro Gilson Enio Gomes da Cruz, 45 anos, lembrou que faltava um suco para acompanhar o almoço que ele e a mulher Maria Margarete dos Santos, 55 anos, preparavam. Cruz foi até o minimercado Renascença, a duas quadras da casa onde mora. Tudo não passaria de um movimento comum do cotidiano, se, no caminho, ele não cruzasse por poucas pessoas que usavam máscaras e, já na porta do estabelecimento, deparasse com um tubo de álcool gel. 

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Isso porque a pandemia do coronavírus - uma realidade com casos confirmados em Santa Maria - já impacta no Bairro Renascença, na rotina do carpinteiro e no fechamento das contas de Gisele Rodrigues, 37 anos, dona do minimercado. 

ASSISTA AO VÍDEO:


Todos estão saudáveis, mas em meio à crise - da saúde, que implica na permanência ou no desligamento dos empregos e reflete significativamente na economia - Gisele e Cruz estabelecem uma relação importante. Ela mantém o empreendimento somente com as compras da vizinhança, embora o consumo tenha caído. Ele consegue adquirir produtos porque segue empregado em uma empresa também local há oito anos. Cruz é um dos 133 colaboradores da Construtora Jobim. 

- Estamos há 25 dias afastados do trabalho. Os 15 primeiros foram de isolamento social e, nos últimos 10, a empresa acabou dando férias para a maioria dos funcionários. A gente tem necessidade com alimentos, com remédios, com creche e escola para os pequenos. Os chefes, em pagar os funcionários. A gente se cuida e tenta se ajudar do jeito que dá - conta. 

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Além de Cruz e de Maria Margarete, outras quatro crianças vivem na mesma casa.

- São seis pessoas para comer, né? O rancho, fizemos lá na Rede Super da Faixa para São Pedro do Sul, mas a gente sempre vai ali na Gisele comprar um pão, um litro de leite. Pode ser pouco, mas, para ela e para nós, faz muita diferença - diz o carpinteiro. 

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- A empresa Jobim também desenvolve o projeto Construindo Para Sempre, que atende os filhos dos funcionários, oferecendo assistência educacional. Também apoia atividades esportivas e culturais da cidade como Coral Magnificat, Inter-SM, Handebol Feminino Santa Maria, Associação Voleibol Futuro (AVF), Projeto Remar, entre outros - afirma Gustavo Jobim, proprietário da Construtora Jobim.

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">"Sobrevivo da economia que gira no bairro"
Gisele está à frente do minimercado Renascença há quatro anos, mas o estabelecimento já é conhecido há três décadas, pois era administrado pela sua sogra. A relação comercial também acabou estreitando os laços, já que são praticamente sempre os mesmos clientes que compram ali.

- Aqui é tudo gente da nossa vila, por isso, consigo vender fiado e ainda tenho o caderninho com o nome para acertar no fim do mês. Desde que começou esse coronavírus, as vendas caíram 30%. Nem todo mundo segue comprando, estão todos apavorados. Por outro lado, esse medo todo deixou o pessoal consciente, se cuidando. Eu nem preciso mais pedir. Se tem um cliente aqui dentro, o que está ali fora espera esse sair, e todos usam álcool gel que fica aqui em cima do caixa - conta a comerciante.

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PRODUTOS LOCAIS
Produtos de limpeza, de higiene e alimentos em geral são comercializados "de segunda a segunda", como refere a comerciante (de segunda sábado das 8h30min às 12h30min, e das 15h às 22h. No domingo, das 16h às 22h). Os fornecedores são diversos, mas Gisele entende que é preciso incentivar quem está mais perto.

- Sobrevivo da economia que gira no bairro. Aí, penso: o caminhão das frutas e verduras é de produtores daqui da volta, essas geleias e salame também. Tem coisas que acabam vindo de fora, mas, por exemplo, massas e bolachas, eu procuro comprar da Corrieri, que é nossa - justifica.

Parte do faturamento do minimercado vai para o aluguel do imóvel. Além do dinheiro que vai para pagar as contas de água, luz e telefone. É dali que Gisele garante o próprio sustento, das duas filhas e da neta. O marido trabalha na CVI refrigerantes.

ECONOMIA EM REDE

  •  Cruz (carpinteiro na Construtora Jobim) compra do Supermercado Rede Super e do minimercado de Gisele, que compra massas e biscoitos da fábrica da Corrieri Alimentos de Santa Maria, além de produtos coloniais e hortifrutigranjeiros locais

CONSTRUTORA JOBIM

  • Atuação - Construção civil
  • Fundação - 1995
  • Empregos diretos - 133
  • Redes sociais - Facebook e Instagram

#portodosnós  A campanha é uma iniciativa do Diário em parceria com a prefeitura de Santa Maria e conta com apoio de: AHturr , Ajesm, Apusm, Associação Rural de Santa Maria, ATU, Cacism, CDL, Espaço Contábil, OAB, Secovi, Secsm, SHRBS, Sindigêneros, Sindilojas, Sinduscon, Simprosm

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