Saúde

UPA, HUSM e Hospital de Caridade sofrem com a superlotação

Gabriela Perufo

Problemas na infraestrutura física, lotação e demora nos atendimentos. A angústia da espera virou corriqueira nos prontos-socorros de Santa Maria. Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), por exemplo, a busca por atendimentos aumentou cerca de 40%, há pelo menos um mês.

Na quarta-feira pela manhã, o motorista Roberto Martins, 42 anos, levou a mulher, Claudia Helena Martins, 41, até a UPA. Ela sofre de problemas de pressão alta e foi atendida rapidamente na primeira vez, por volta das 9h, de acordo com o marido. Mas, depois do primeiro atendimento e de exames, a espera foi longa. Até por volta das 17h30min, o casal ainda esperava pela consulta.

_ Quando chegamos aqui, ela foi atendida logo em seguida. Acho que era por volta de 11h quando ela começou a fazer os exames e, agora, está aguardando que chamem novamente _ explicou Roberto.

O administrador da UPA, Rogério Carvalho, explica que a procura pela unidade aumentou desde que os atendimentos no Pronto-Socorro do Husm ficaram restritos a casos de urgência e emergência.

_ Temos recebidos demandas de unidade básica. Tentamos encaminhar para outras unidades, mas nem sempre é possível. A equipe está dando conta da demanda, mas esses casos que não são de urgência podem demorar um pouco mais _ esclarece.

Macas no corredor

No Pronto-Socorro do Hospital de Caridade, pacientes ficaram nos corredores, pela falta de espaço:

_ Está muito cheio, há idosos que estão esperando um quarto _ contou um paciente, que pediu para não ser identificado.

O provedor do hospital, Walter Jobim Neto, explica que, na manhã de quarta-feira, houve excesso de pacientes no Pronto-Socorro, mas, quando isso acontece, parte das pessoas são liberadas ou transferidas para outros setores assim que possível. Parte da unidade está em reforma, mas as obras não devem prejudicar o atendimento.

_ O paciente que chega aqui deve ser atendido. Não podemos negar dizendo que ele pode ficar no corredor _ diz Jobim.

Atualmente, o Pronto-Socorro do Caridade tem 12 leitos, mais 19, em um anexo. na quarta-feira à tarde, 21 pessoas estavam internadas, e outras 37 consultas estavam em andamento.

Ministério Público Federal está de olho no Husm

Duas denúncias que chegaram ao Ministério Público Federal fizeram com que o órgão acompanhasse a situação do Pronto-Socorro do Husm. Problemas nas instalações, como goteiras e falta de rebocos, foram relatadas nas denúncias. Os problemas seriam consequência de obras em cima do PS. Em dias de chuva, o local fica alagado.

De acordo com a assessoria de comunicação do MPF, no dia 4 de agosto (data em que as reformas começaram), um levantamento no local mostrou que as instalações não estavam adequadas, além de haver mau cheiro e de parte das paredes estarem mofadas.

Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do MPF, em função de o atendimento prestado ser necessário à população e de as obras terem o objetivo de a melhorar o serviço, foi requisitado ao Husm um cronograma atualizado das obras e das providências Até ontem, os esclarecimentos ainda não haviam sido prestados.
A Ebserh, que administra o Husm, deve informar, ainda hoje, o cronograma das obras e se melhorias estão sendo feitas no Pronto-Socorro.

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