Nova Santa Marta

Um plano para deter a violência

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A primeira medida para frear a criminalidade na Nova Santa Marta começa a ganhar forma. Na sexta-feira, prefeitura e governo do Estado deram o primeiro passo para implantar um Núcleo de Polícia Comunitária no bairro, o mais violento da cidade, palco de quatro dos 12 assassinatos registrados no município em 2014. Além disso, está prevista para a próxima quinta-feira, uma visita do coordenador do projeto, o coronel da Brigada Militar (BM) Júlio César Marobin, ao prefeito Cezar Schirmer.

>> Começo do ano violento no bairro

O projeto pioneiro foi implantado em 2012, em Caxias do Sul (veja texto ao lado). De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), em pouco mais de um ano, os bairros que receberam o programa apresentaram redução superior a 50% no número de homicídios (veja quadro). Hoje, 13 cidades gaúchas contam com 72 núcleos do programa. A previsão é que até junho de 2014, outros 23 municípios sejam contemplados, incluindo Santa Maria, somando um total 147 unidades de segurança comunitária no Estado.

Na reunião com lideranças políticas do município, na última sexta-feira, o prefeito acenou com a possibilidade de dar o aval para sua implantação.

_ Apresentamos a proposta e o Schirmer disse que é possível. Fiquei de buscar mais informações sobre o convênio para ele se informar melhor sobre como a parceria é formada. Estou bastante otimista. Na próxima semana, representantes do município irão nos acompanhar a Caxias do Sul para vermos na prática como o projeto funciona _ revela o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), que participou da reunião.

Em nota divulgada na tarde de sexta-feira, o prefeito se disse "totalmente a favor" da iniciativa:

_ É uma alternativa interessante e vamos analisar com muita atenção. A insegurança não é um problema desta ou daquela cidade. Por isso, acreditamos que esta seja uma alternativa interessante e viável.

Conforme a secretaria, a intenção do Estado é implantar pelo menos três núcleos em Santa Maria. E isso envolveria uma parceria decisiva com o município, que tem de bancar um auxílio-moradia no valor de R$ 600 para o pagamento do aluguel dos policiais. Por essas e por outras, Júlio César Marobin faz questão de conversar sobre as vantagens do projeto ao prefeito.

_ Quero ir pessoalmente para apresentar o programa. Para que seja implantado, dependemos do aval da prefeitura. Nossa intenção é que o projeto entre em funcionamento ainda no primeiro semestre _ adianta o coronel.

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