Foto: Rodrigo Ricordi
Neste ano, para comemorar o aniversário de 164 de Santa Maria, a prefeitura e o Grupo Diário promovem o festival “Canções Para Santa Maria”. A ideia é movimentar os talentos locais de todos os estilos para exaltar a produção musical da cidade. As inscrições seguem abertas até este domingo.
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Uma das canções mais populares sobre a cidade foi escrita pelo músico Beto Pires. No início de abril, a reportagem do Diário conversou com o artista santa-mariense sobre a música que é considerada hino de Santa Maria. A canção conta algumas histórias do Coração do Rio Grande e, de acordo com Beto, a inspiração surgiu de uma outra para outra quando dava aulas de violão, na rua do Acampamento, ela também inspira canções.
– Da janela lateral, eu enxergava o Monumento dos Ferroviários e comecei a lembrar da estrada do Perau, dos caminhos bonitos de Santa Maria, da nossa paisagem e comecei a escrever – conta Beto Pires.
Mas, a Cidade Cultura já foi inspiração para tantos outros artistas que, entre o som de guitarras e bateria, falaram da cidade sob diferentes perspectivas, como é o caso da música Itaimbé, da banda Guantánamo Groove.
A música foi escrita pelo guitarrista Gustavo Borges e nasceu da inspiração de um poema do baixista e vocalista Yuri ML.
– Itaimbé foi motivada por uma poesia do Yuri e representa aquilo que a gente via no parque que é área verde importantíssima da cidade e um espaço de que tem de tudo, desde pessoas passeando com cachorros, senhoras e senhores se exercitando, uma galera jogando basquete e dando rolê de skate, grupo de amigos no Pompeo, enfim, é uma imensidão que representa muito Santa Maria – conta.
Se Itaimbé fosse escrita hoje, Gustavo diz que não mudaria uma vírgula da música, já que é um retrato cultural da cidade e, ao mesmo tempo, um convite entre amigos para curtir o principal parque da cidade.
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E, mesmo de longe, a cidade que é o coração do Rio Grande vira poesia cantada por diferentes artistas. Em 2021, a banda mineira Lupe de Lupe lançou Santa Maria. Na letra, o encontro é marcado no Bruxo, distribuidora conhecida na cidade e que costuma reunir jovens. “4 e meia lá no Bruxo a gente faz aquele esquenta e atualiza umas histórias dos bastidores da vida alheia”, diz a música.
Nos últimos versos, a música lembra um dos títulos da cidade ao dizer que “Santa Maria é um coração sempre à espera de dizer adeus”.
Para o artista Jonathan Tadeu, que compôs a canção, a letra é uma ode a juventude de Santa Maria. A inspiração surgiu em 2016 quando o artista passou por Santa Maria.
– Ao mesmo tempo que a música é uma ode, é também agridoce e melancólica porque fala a partir daquele momento comum que os jovens se formam e costumam se mudar para outras cidades para trabalhar. Quando estive em Santa Maria deu para sentir isso. E, claro, senti também toda aquela movimentação da juventude que saia a noite e marcava de se encontrar para conversar sobre a vida – lembra Jonathan.