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UFSM tem mais de 50 projetos de pesquisa relacionados ao coronavírus

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira para apresentar um balanço das pesquisas e ações que estão sendo realizadas pelas universidades federais de todo o Brasil neste período de pandemia. A pesquisa, que traz um levantamento quantitativo, foi realizada pelo Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Congecom).

O levantamento foi feito em 46 instituições de Ensino Superior do país - 68,6% do total de universidades federais -, que responderam a um questionário. De acordo com o documento, há 823 pesquisas relacionadas ao coronavírus em andamento nas universidades, que vão desde a identificação do genoma viral até campanhas educativas e de conscientização sobre a pandemia. Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) são cerca de 50 projetos de pesquisa em andamento. 

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- Neste momento de crise percebemos o quanto foi importante todo o investimento que foi feito nas universidades públicas federais nos últimos anos e a importância de seguir o conhecimento e não a ignorância. A universidade é lugar de combate ao obscurantismo - destacou o presidente do Andifes, João Carlos Salles Pires.

Ainda de acordo com o levantamento, os hospitais universitários disponibilizam 2.228 leitos comuns e 489 leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento exclusivo de pacientes com Covid-19. O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) disponibiliza 10 leitos de UTI, 10 intermediários, 5 para gestantes e 10 leitos pediátricos (ainda sem habilitação do Estado), de acordo com o questionário. 

Campanha distribui aventais para profissionais da saúde em Santa Maria

Há, também, em todo o país, 96 ações para a produção de álcool e produtos sanitizantes que são distribuídos em unidades de saúde e hospitais em parceiras com os governos do estado e municípios. Conforme os quantitativos informados, já são mais de 992 mil litros de álcool em gel e 912 mil litros de álcool líquido produzidos. Na UFSM, A Usina Piloto de Etanol do Colégio Politécnico formou uma frente de trabalho para agilizar a produção de álcool em gel com os insumos que estavam em estoque. A Farmácia Escola do Centro de Ciências da Saúde (CCS) também contribuiu com a produção de álcool em gel para o Husm. O laboratório do CCNE (Lachen) também contribui com a produção e doação de 30 litros de álcool em gel para o hospital. Além disso, o Almoxarifado da Química e o Laboratório de Infectologia doaram cerca de 300 litros de álcool cada para a produção de álcool em gel. 

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As universidades também trabalham na confecção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), totalizando 104 ações. Foram produzidos, por exemplo, quase 163 mil protetores faciais e mais de 85 mil máscaras de pano. Na UFSM, há o projeto da impressora 3D que imprime máscaras de proteção individual, projeto de reesterilização de EPIs e produção de vídeo de orientação sobre o uso dos equipamentos. 

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TESTAGEM PARA A COVID-19
A pesquisa também traz o número de ações de testagem em pacientes com suspeita de coronavírus: são 53 em todo o Brasil. O número de testes diários é de 2.600 e de testes já realizados é de 55.001. Na UFSM, já começaram a ser realizados, no campus de Santa Maria e de Palmeira das Missões, com estimativa de realização de até 100 testes por dia.

- Os dados nos mostram o papel protagonista das universidades na prevenção e combate ao coronavírus. Mesmo antes de chegar ao Brasil, a comunidade acadêmica já está mobilizada com a organização de laboratórios e projetos de pesquisa - salientou a presidente da Comissão de Comunicação da Andifes e reitora da Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Pellanda.

Além disso, 697 campanhas educativas, 341 ações solidárias, 198 parcerias com prefeituras e 79 parcerias com governos estaduais são realizadas, com a participação de cientistas das universidades nos comitês de assessoramento sobre a doença. 

VOLTA ÀS AULAS PRESENCIAIS 
Durante a coletiva, a presidência da Andifes informou que as universidades têm autonomia para decidir sobre o retorno às aulas presenciais, porém os cuidados e a preservação da vida são prioridade neste momento.

Suspensão de atividades da UFSM é prorrogada por mais 30 dias

- Assim que for seguro, o calendário de atividades será reprogramado e é possível que as aulas entrem em 2021, como acontece quando temos greve - disse o presidente.


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