olho do furacão

Telhas, lonas e cestas básicas são entregues a famílias de Santa Maria após chuva intensa

Telhas, lonas e cestas básicas são entregues a famílias de Santa Maria após chuva intensa

Foto: Mateus Ferreira (Diário)

Na tarde da última quarta-feira (12), Santa Maria superou a média de chuva esperada para todo o mês de julho, totalizando 174mm, quando os registros históricos indicam 152 mm. Neste mesmo dia, o ‘olho’ do ciclone extratropical atravessou a Região Central e causou transtornos. Os alagamentos foram registrados em diversos pontos da cidade. A Defesa Civil entregou nesta quinta-feira, telhas, lona e cestas básicas beneficiando mais de 20 famílias. No Estado, uma morte foi registrada em Rio Grande e quase 800 mil pessoas ficaram sem luz em várias regiões. Agora, o monitoramento se concentra nas rajadas de vento e no aumento do nível dos rios. 


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Julho de 2022 e 2023 são opostos 

Em março deste ano, o assunto ainda era a estiagem e as consequências que a falta de chuva gerava para o abastecimento de água. Na explicação de Murilo Lopes, meteorologista da UFSM, a falta de chuvas estava ligada ao prolongamento atípico do fenômeno La Niña.


O agravamento da seca já dava indícios a, pelo menos, desde  julho de 2022. Isto significa que neste mês, no ano passado, houve menor ocorrência de chuva. Passado um ano, o cenário é totalmente diferente. 


Se antes era o fenômeno La Niña que agia, em 2023 temos a ação do El Niño, que trará chuvas excessivas ao Sul e Sudeste do país. O volume intenso coloca em alerta vários setores da sociedade. 


Registros e ações em Santa Maria 

Alagamento na Vila Resistência. Foto: Gilberto Ferreira (Diário)


Nesta quarta-feira (12), o volume de chuva alagou ruas no município, como na Avenida Nossa Senhora das Dores. Na Vila Resistência, no Bairro Pinheiro Machado, a água entrou dentro das casas. Os moradores ergueram móveis e eletrodomésticos para tentar evitar prejuízos.

 

Em Três Barras, no distrito de Arroio Grande, uma família não está conseguindo sair de casa, pois as duas passagens estão interditadas. A pinguela cedeu por conta da chuva e a estrada não tem passagem por conta da cheia do arroio. Alguns pedidos de lonas e telhas nos bairros Diácono João Luiz Pozzobon e Cerrito também foram encaminhados à Defesa Civil.



Conforme o superintendente da Defesa Civil, Adão Lemos, os estragos foram menores em relação aos esperados. Nesta quinta-feira (13), equipes foram até os bairros atender às solicitações.

Ação desta quinta-feira (13)

  • Bairros atendidos: Noal, Km3, Campestre, Itararé, Passo do Verde, Arroio Grande, Pinheiro Machado, Cerrito, Diácono João Luiz Pozzobon 
  • Foram entregues 320 metros de lona
  • Foram entregues 60 telhas de 6mm e 4mm
  • Desde ontem, mais de 20 cestas básicas já foram entregues
  • Monitoramento das áreas das margens do Rio Vacacaí Mirim e do Cadena

Foto: Mateus Ferreira (Diário)

Áreas de risco

No município, a Defesa Civil monitora áreas de risco, com possibilidade de deslizamentos de terra e alagamentos, principalmente, quando há alertas de fenômenos naturais.


Atualmente, 115 pontos da cidade estão sujeitos a alagamento, inundação e deslizamento de terra cerca de 4 mil pessoas residem nestes espaços. Estes são os primeiros locais a serem observados quando há intensos volumes de chuva.

Abastecimento de água e barragens

Após a passagem do ciclone, o serviço de abastecimento de água da Corsan teve problemas. Cerca de 17 municípios em que a companhia atua ficou sem acesso ao serviço. Na região, não há registros de problemas, conforme o Superintendente Regional da Corsan, José Epstein


Uma das responsabilidades da Companhia é o monitoramento constante das barragens, que ainda se encontram abaixo do nível normal. 


  • A barragem do DNOS, localizada no Bairro Campestre do Menino Deus, uma das que abastece Santa Maria, já esteve 7,40 metros abaixo do nível normal. Isso representa um pouco mais de 15% do volume útil da represa. Após o período chuvoso, ela está com 0,2 metros abaixo – resultado da atualização feita na manhã desta quinta-feira (13). 
  • Já a barragem Rodolfo Costa e Silva, localizada em Itaara, chegou a ficar 9m abaixo do nível máximo. Na atualização, está 2,1m abaixo do nível normal.


Situação do Estado 

Desde terça-feira (11), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul previa chuvas moderadas a forte com elevados volumes, quedas de barreiras, deslizamentos, enxurradas e eventuais quedas de granizo até esta sexta-feira (14).


Na quarta, as cidades de Vera Cruz, Sobradinho e Joia decretaram situação de emergência pelos estragos causados em decorrência da formação do ciclone extratropical. A preocupação, a partir de agora, é com o aumento dos níveis dos rios.


  • Cerca de 790 mil pessoas sem luz, principalmente nas regiões Sul, Litoral, Metropolitana, Centro-Sul e Campanha. 
  • Em Sobradinho, queda de granizo deixou mais de duas mil casas danificadas 
  • Casas e veículos de Vera Cruz foram atingidas por granizo
  • Dilermando de Aguiar e São Pedro do Sul registraram prejuízos


Em caso de risco, entre em contato

  • ​Defesa Civil - (55) 99110-7940 ou (55) 3174-1552
  • Ciosp - (55) 99217-8122, (55) 99167-4728 ou (55) 99167-8452
  • Emergência Municipal - 153


Orientações do Estado 

  • Buscar informações junto à Defesa Civil dos município e sigam as orientações indicadas – especialmente quem moram em áreas de risco
  • Proximidades de rios e em encostas com risco de desmoronamento são consideradas áreas de riscos
  • Durante a vigência dos alertas, a recomendação é de que as pessoas permaneçam em casa, se possível. Assim, evita-se a exposição a situações de risco.
  • Para receber os alertas relacionados à sua região, envie um SMS com o número de seu CEP para o telefone 40199.





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