Suspeito de matar namorada é condenado por posse de acessório para arma de fogo

Foto: Arquivo Pessoal

A Justiça catarinense condenou, nesta quarta-feira, o suspeito de ter assassinado a namorada, a santa-mariense Isadora Viana Costa, por um outro crime que passou a ser investigado em função da morte da modelo, em maio de 2018. Conforme a decisão do juiz de direito Welton Rübenich, da 2ª Vara de Imbituba, em Santa Catarina, onde corre o processo, o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho foi condenado por porte ilegal de acessório para arma de fogo, encontrado dentro do apartamento onde ele morava.  

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A denúncia estava sendo analisada junto ao processo que investiga a morte de Isadora, mas, a pedido do Ministério Público, foi desmembrada do processo inicial. Em um primeiro momento, o réu foi condenado a três anos de prisão, além de pagamento de 10 dias-multa, no valor de um salário mínimo. Entretanto, o juiz Welton Rübenich optou por converter a pena em serviços comunitários e pagamento de multa de 50 salários mínimos pelo crime.

Conforme o despacho, durante as investigações da morte da modelo, a polícia encontrou armas e munições dentro do apartamento de Paulo Odilon. Além disso, uma mira laser para uso em arma de fogo, fabricada na Argentina, que tem uso restrito, também foi apreendida. Foi devido a esse acessório que o oficial de cartório foi condenado. Em nota, o advogado Aury Lopes Jr, que atua na defesa de Paulo Odilon, alega que irá recorrer da decisão, já que a mira laser teria sido um presente e não havia sido usada pelo acusado.

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Confira a nota na íntegra:
"A defesa de Paulo Odilon Xisto Filho não concorda com a sentença, que está absolutamente equivocada, e irá recorrer para buscar sua absolvição. Ele foi condenado por ter uma mira laser, que ganhou de presente há anos e nunca foi usada. Estava guardada em uma caixa, sem bateria e em endereço diverso daquele onde se encontrava a respectiva arma (devidamente registrada e legal). Portanto, se trata de uma conduta absolutamente atípica, pois não configura crime algum, como já decidido pelos tribunais superiores em situações similares. Portanto, a defesa não concorda e irá recorrer da sentença."

A MORTE DA NAMORADA
Além da condenação, Paulo Odilon responde em liberdade pela morte de Isadora, que ocorreu no dia 8 de maio de 2018, dentro do apartamento onde ele morava, na cidade catarinense de Imbituba. Conforme a denúncia do Ministério Público, Paulo Odilon agrediu Isadora em um ataque de fúria. Eles estariam fazendo uso de álcool e drogas, e a jovem acionou familiares dele para irem até a residência onde eles estavam, pois acreditou que o homem estava passando mal. Quando os familiares chegaram, perceberam que o réu estava bem, foram embora e, logo depois disso, ele teria desferido vários golpes contra a modelo. Segundo o médico legista, ela apresentava lesões compatíveis com múltiplas joelhadas, socos e chutes, tendo como causa da morte trauma abdominal.