O SUS passará a ofertar, a partir de 2018, um novo medicamento para crianças com diabetes tipo 1 -a insulina análoga. Ao todo, 100 mil crianças que possuem maior dificuldade de controle da doença devem passar a receber o medicamento. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, o medicamento permite maior controle glicêmico e reduz o risco de complicações pela diabetes, além de ser de mais fácil aplicação por ter a embalagem no formato de caneta. A resposta desse medicamento também é considerada mais rápida em relação à insulina regular, indicada para ser utilizada cerca de 30 minutos antes das refeições. Já a análoga tem intervalo quase imediato, informa o secretário. A inclusão do medicamento no SUS atende a demanda antiga de entidades do setor, que já pleiteavam a incorporação desde 2014.
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Nos últimos anos, o medicamento também era alvo de demandas judiciais e distribuição irregular, segundo Teixeira. O valor investido para oferta do novo tratamento é de R$ 135 milhões por ano.
Embora as crianças sejam consideradas público prioritário, o produto também poderá ser ofertado para adultos com esse tipo de diabetes, desde que com indicação médica, informa.
CANETAS
Além da inclusão do novo medicamento no SUS, a pasta negocia a oferta de caneta para aplicação da insulina para todas as crianças com diabetes, incluindo aquelas que fazem uso da insulina regular.
A previsão é que, encerrada a compra, a oferta ocorra a partir do segundo trimestre de 2018. Cerca de 1 milhão de crianças têm diagnóstico de diabetes no país.
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"Entendemos que a criança ir para escola levando uma seringa para aplicar traz um desconforto. Estamos na fase de registro para oferta de canetas para insulina regular", diz Marco Fireman, secretário de ciência e tecnologia. Em seguida, a pasta deve negociar oferta semelhante para adultos com diabetes.
FARMÁCIA POPULAR
Atualmente, a oferta de insulina é gratuita por meio do programa Farmácia Popular. Mas a continuidade dessa distribuição no programa tem sido alvo de impasse. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o governo negocia com a indústria e farmácias a possibilidade de redução dos preços cobrados, tidos como mais altos do que o pago para oferta regular no SUS.
Se isso não ocorrer, a pasta prevê a possibilidade de retirar a oferta do medicamento do Farmácia Popular. Uma medida que tem gerado críticas no setor, que lembra que o programa foi criado para facilitar o acesso aos medicamentos no país. O ministro admite, no entanto, a possibilidade de rever a distribuição por meio do Farmácia Popular. Mas nega uma redução no acesso.