Fechado

Supermercado fecha as portas após 40 anos de ponto comercial na Rua Astrogildo de Azevedo

Juliana Gelatti

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O dia de despedida do supermercado Nacional da Rua Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, marca o encerramento de uma tradição de 40 anos. Desde 1975, a esquina com a Rua Professor Braga abriga um supermercado.

Durante as cerca de oito horas em que a loja admitia a entrada de consumidores, na quarta-feira, o movimento foi intenso. As longas filas e a remarcação sucessiva do preço dos produtos fizeram com que os clientes permanecessem por muitas horas dentro da loja.

Superlotação faz supermercado fechar as portas uma hora mais cedo

A corrida atrás de descontos de pelo menos 50% em produtos perecíveis provocou que as portas fossem fechadas uma hora antes, devido à superlotação da loja.
A decisão pelo fechamento de uma das unidades do Nacional em Santa Maria foi divulgada aos funcionários na última segunda-feira, e o horário para o encerramento das atividades foi marcado para as 17h de quarta.

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Porém, o grande número de pessoas que circulava pelos corredores da loja atrás de descontos que passaram dos 80%, em alguns itens congelados, por exemplo, preocupou os gerentes. Primando pela segurança, decidiram respeitar a lotação máxima do local e fecharam as portas por volta das 16h. Depois disso, os interessados em aproveitar os descontos argumentavam, inconformados e insistentes, com os seguranças que guardavam a porta e não deixaram mais ninguém entrar.

Rancho ficou mais barato

Quem chegou cedo encheu carrinhos, caixas de papelão e até as de plástico, até então usadas para expor as frutas. A cliente Claudia Adriana Ilha, que faz doces e salgados para fora, levou um rancho para casa, em tom de despedida:

– Moro bem pertinho, comprava só aqui há oito anos. Agora, vou ter que achar outro mercado.

A professora Márcia Dias ficou três horas dentro da loja, duas delas na fila. Enquanto isso, a filha ia acrescentando produtos ao carrinho ou levando os que já estavam escolhidos para atualizar o preço.

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– As coisas foram baixando de valor aos poucos. Quem já tinha pegado podia voltar e remarcar. Assim que consegui essas castanhas que custam pelo menos R$ 8 por R$ 2,50 – comemorava.

Quem mais aproveitou foi quem tinha congelador com espaço livre em casa. A dona de casa Laura Dornelles conseguiu um peru congelado por R$ 4 o quilo. Também tiveram desconto frutas, verduras, produtos resfriados, como queijo e presunto, frutas secas, pães e carnes. Os descontos começavam em 50% e foram aumentando ao longo do dia. Menos no açougue, que ficou vazio às 11h.

Destino em aberto para ponto tradicional
A unidade fechada na quarta-feira funcionava como Supermercado Nacional há 25 anos. Mas, durante os 15 anos anteriores o prédio já era um supermercado. O Trevisan inaugurado no local, em novembro de 1975, chegou a ser um dos maiores em área da cidade, até que o Trevicenter, na Avenida Medianeira, abriu um ano depois. O grupo Trevisan chegou a ter 38 supermercados na região e 1,3 mil funcionários, até que vendeu as lojas para o então gaúcho Nacional, em 1990.

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