Soltura de balões e culto ecumênico encerram homenagens às vítimas da boate Kiss

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

O dia 27 de janeiro de 2013 vitimou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos. Neste sábado, quando a tragédia da boate Kiss completou cinco anos, o dia foi marcado por homenagens de pais, amigos e familiares. A programação, que começou na quinta-feira com o lançamento do livro da jornalista Daniela Arbex, se encerrou na noite do dia 27 com um culto ecumênico.

Enquanto a manhã foi marcada pelo lançamento do concurso para o Memorial às Vítimas da Kiss, durante a tarde nem mesmo a chuva atrapalhou as homenagens, que seguiram no Auditório do Colégio Marista Santa Maria. Pouco antes das 18h, o corneteiro da 3ª divisão do exército (3ª DE) abriu a programação com "O Toque de Silêncio", seguido por uma breve fala da jornalista Daniela Arbex sobre a tragédia e seu livro Todo Dia a Mesma Noite.

Logo após, Thiago Holzmann, do Instituto de Arquitetos do Brasil, falou sobre o concurso do Memorial, e o prefeito Jorge Pozzobom assinou o termo de referência e o edital do concurso e, em seguida, junto com o gerente de projetos da Organização das Nações Unidas (ONU), assinaram o memorando de entendimento entre a ONU e a prefeitura. O diretor jurídico da AVTSM, Paulo Carvalho, falou sobre a prevenção e a violação dos direitos humanos no caso Kiss. 

_ Tragédias não são fatalidades, elas acontecem por falta de prevenção _ ressaltou Paulo. 

Foto: Victoria Debortoli (Diário)
Royale Escola de Dança se apresentou em homenagem às vítimas da Kiss

As apresentações artísticas começaram com o Coral Illumina, que contou a participação do cantor Beto Pires. Em seguida, a professora do curso de Dança da UFSM, Tatiane Josef, se apresentou lembrando às 242 vítimas, e foi seguida pela Royale Escola de Dança. 

Foto: Victoria Debortoli (Diário)

Antes do dia começar a escurecer, os amigos e familiares se reuniram no saguão do auditório com balões brancos, que foram soltos pela janela. Logo após, três mães leram mensagens para os filhos que morreram na tragédia. 

A programação encerrou com um culto ecumênico, com representantes de quatro instituições religiosas, e o Toque do Silêncio, por representantes da Base Aérea. Dom Hélio, arcebispo da Igreja Católica, Pastor Pedro Araújo, da igreja Evangelho para Nações, Renato Paz da Silva, da Sociedade Espírita Benjamin Potti, e Jonas Brasil, representando o bispo Francisco de Assis, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, distribuíram mensagens de paz, reflexão e acolhimento às famílias.