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Sobe para sete o número de municípios da região em situação de emergência pela estiagem

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Foto: Prefeitura de Pinhal Grande (Divulgação)
Pinhal Grande deve decretar situação de emergência na segunda-feira

A lista de municípios gaúchos que decretaram situação de emergência por causa da estiagem aumenta a cada dia. Já são 96 prefeituras do Estado que estão em emergência, conforme atualização mais recente da Defesa Civil. Na Região Central, são sete cidades: Agudo, Júlio de Castilhos, Tupanciretã, Cruz Alta, Quevedos, Nova Esperança do Sul e Itacurubi - os dois últimos entraram para a lista nesta sexta-feira. 

Em Itacurubi, a Emater contabiliza um prejuízo de 30% nas lavouras de soja, 70% nas lavouras de milho e 50% na média mensal da produção de leite. Além disso, já se visualiza o impacto negativo na taxa de natalidade do rebanho bovino, além da diminuição na venda dos animais para abatimento em frigoríficos, com a perda de peso. Desde o dia 24 de outubro, conforme a prefeitura, foram apenas 56mm de chuva no município.

- Esses dados tendem a aumentar, com as previsões de prolongamento da estiagem. Diante disso, estamos analisando medidas de enfrentamento, e o decreto de emergência se faz necessário - afirma o prefeito Gelso Soares (PDT).

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Agudo, que conseguiu a homologação estadual do decreto nesta semana, trabalha na distribuição de caixas d'água aos moradores do interior. Foram adquiridas 30 caixas com capacidade de mil litros de armazenamento, além de 10 mil metros de mangueiras. A prefeitura tem, ainda, o projeto "Água Para Todos", que possibilita descontos em horas-máquinas para agricultores que instalarem redes de armazenamento de água nas propriedades. 

- O objetivo é amenizar os impactos do terceiro ano seguido de estiagem. Estamos entregando caixas d'água, mangueiras e prestando serviço de abertura de bebedouros para os animais. Nosso pedido é para que as pessoas economizem a agua potável e destinam essa água apenas ao consumo humano - destaca o secretário de Desenvolvimento Rural e Gestão Ambiental de Agudo, Giovane Neu. 

Das sete cidades, Júlio de Castilhos e Tupanciretã já conseguiram tanto a homologação do decreto pelo Estado, quanto o reconhecimento da União. Agudo, até agora, conseguiu a validação estadual. As demais prefeituras aguardam a análise do documento pelos governos.

O QUE SIGNIFICA O DECRETO

Com a assinatura do decreto de emergência, as prefeituras conseguem dispensa de licença ambiental e de licitações, o que agiliza processos e compras para amenizar os problemas da seca. Além disso, financiamentos rurais de produtores podem ser recalculados e parcelas podem ser estendidas. Ainda, após a homologação da situação pelo Estado e o reconhecimento do decreto pela União, é possível a obtenção de recursos estaduais e federais para investir na cidade.

Diferente do que acontece em temporais, onde as consequências são factuais, com rastros de destruição, em estiagem prejuízos são sentidos a longo prazo, depois da colheita, por exemplo. 

MAIS CIDADES

Após o feriadão de Ano Novo, a tendência é de que mais prefeituras assinem o decreto. Há municípios que ainda trabalham na contabilização de prejuízos e elaboração do decreto, que precisa trazer dados detalhados das perdas registradas.

É o caso de Pinhal Grande, que analisa impactos em plantações de soja, fumo, milho e feijão. No município, há racionamento de água durante alguns períodos do dia na zona urbana. Conforme o prefeito Lucas Michelon (Progressistas), o decreto será publicado na segunda-feira.

- Reforço que só não foi publicado ainda porque estávamos esperando o fim do zoneamento agrícola para o final do plantio do soja, que aconteceu nesta semana. Assim, vamos compilar também os dados de perdas da soja. Estamos trabalhando no decreto desde o início do mês de dezembro e já fizemos várias reuniões - afirmou.

A Secretaria de Obras realiza o transporte de água potável para mais de 40 famílias no interior, e também leva água para o consumo dos animais de mais de 20 propriedades. A água potável para o consumo humano é retirada da caixa d'água que fica ao lado da Escola Especial Posso Viver. Já a água para o consumo de animais é retirada de açudes particulares e da barragem da hidrelétrica Dona Francisca. 

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