Na esteira da licitação

Schirmer decreta aumento da tarifa e, desta vez, não faz exigências às empresas de ônibus

Marcelo Martins

"

Ao assinar o decreto de aumento da tarifa de ônibus em Santa Maria, no começo da noite desta segunda-feira, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) sinalizou com uma novidade: o peemedebista deixou de fazer exigências à Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), braço que dá suporte ao Consórcio SIM (Sistema Integrado Municipal). A cada reajuste concedido, desde o seu primeiro governo (ainda em 2009), o chefe do Executivo municipal costumava fazer uma série de exigências aos donos das empresas de ônibus. A intenção era elevar a qualidade nos serviços prestados. Contudo, neste ano, Schirmer não cumpriu com o protocolo. A mudança de comportamento é explicada pelo secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Passini:

_ Não havia motivo para que a gente (prefeitura) fizesse pedidos de melhorias ou de mudanças a eles (empresas de ônibus). Até porque, ainda no final do ano, vamos dar início à licitação do transporte público. A licitação é um apontamento do Plano Diretor de Mobilidade Urbana e trará, sem dúvida, maior transparência aos serviços hoje prestados. Caberá a eles (ATU) buscar os seus direitos.    

O presidente da ATU, Luiz Fernando Maffini, reiterou o seu entendimento de que uma licitação antes de 2020 - data em que se encerra a última renovação de contrato (feita em 2010) - será entendida como uma rescisão de contrato da prefeitura com as empresas de ônibus. Maffini sustenta que uma concorrência pública, agora, fará com que haja uma corrida das empresas em busca de ressarcimento junto à Justiça. O presidente da ATU avalia que a prefeitura deva ter um passivo de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões com as empresas de ônibus - valores investidos, nos 20 últimos anos, conforme ele.

Sem as gratuidades, passagens poderiam custar entre R$ 1,90 e R$ 1,95

Ao menos em um único ponto, o secretário Miguel Passini e o presidente da ATU concordam: há muita gratuidade no transporte de Santa Maria. Maffini já disse ao Diário que, se todos que andam de ônibus pagassem passagem, o custo da tarifa seria, no máximo, de R$ 2,05. Já Passini foi na mesma linha:

_ Hoje, as gratuidades chegam a 30%. Em algum momento, a sociedade terá de rever os valores. Se todos pagassem a passagem, o custo da tarifa ficaria entre R$ 1,90 e R$ 1,95.

"

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Prorrogada entrega de documentação dos candidatos a vagas gratuitas no pré-vestibular do POD

Próximo

Motociclista morre em acidente na BR-158 em Júlio de Castilhos

Geral