O prefeito de São Pedro do Sul, Victor Doeler (PP), planeja para 2018 a abertura do Centro de Material Esterilizado (CME) do Hospital Municipal Dr. Getuinar D’Ávila do Nascimento. O espaço está em obras desde o começo do ano, mas as dificuldades financeiras do município devem adiar a conclusão dos serviços, cuja previsão era 2017.
– O plano era o final deste ano, mas deve ficar para 2018 – afirma Doeler.
O centro de esterilização permitirá que o hospital municipal possa voltar a realizar cirurgias, suspensas há cerca de três anos devido à falta do serviço. O investimento, orçado em R$ 290 mil, também permitirá o fim de um fato insólito que se arrasta ao longo desse período. Desde 2014, nenhuma criança nasce em São Pedro do Sul. Não em condições normais.
– Exceto o caso de um parto de emergência, feito pela Brigada Militar – conta o prefeito, referindo-se a ao caso de uma mãe em trabalho de parto que foi socorrida por policiais militares e não houve tempo de chegar ao hospital mais próximo, em Santa Maria.
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O que ocorre é que, sem cirurgias, o hospital local não pode também realizar partos. Por isso, todas as gestantes precisam ir para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) ou para outros estabelecimentos de saúde de fora da cidade. Após o nascimento, os pais precisam ir no Cartório de São Pedro do Sul para fazer o registro do filho no município.
Para executar a obra, a prefeitura está usando o máximo possível de mão de obra dos próprios servidores, com o objetivo de baixar os custos. Doeler acredita que, com a retomada das cirurgias, o hospital possa reequilibrar suas contas e diminuir os prejuízos.
REAJUSTE DE VALORES
Este mês, a prefeitura de São Pedro do Sul precisou reajustar o valor pago pelos municípios conveniados que utilizam os serviços do pronto-atendimento do Hospital Dr. Getuinar D’Ávila do Nascimento. Segundo o prefeito, os repasses estavam defasados há pelo menos oito anos.
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Agora, as prefeituras de Jari, Toropi, Quevedos e Dilermando de Aguiar repassarão, no total, R$ 84 mil à instituição de saúde. O município de São Pedro desembolsará outros R$ 108 mil mensais para permitir o funcionamento do pronto-atendimento.
O prefeito Victor Doeler explica que foi feita uma nova planilha de custos, que somou R$ 191 mil. Esse montante foi dividido pela população de cada cidade para se chegar ao valor do repasse mensal de cada prefeitura da região.