Opala Club

Santa-marienses apaixonados por carros antigos criam confraria para trocar experiências

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Há muitos apaixonados por automóveis pelo Brasil afora. Mas se engana quem pensa que só carros modernos merecem devoção. O charme dos clássicos é responsável pela existência de entidades como a Associação de Veículos Antigos de Santa Maria (Avasm). E mesmo dentro dela, há aficcionados que vão mais longe. Conhecidos da Avasm, um grupo de proprietários de Chevrolet Opala, produzidos de 1968 a 1992,  fundaram o Opala Club SM.
- Foi nos eventos de carros onde nos conhecemos que tivemos a ideia de começar a nos reunir para trocar informações sobre opalas. Hoje, somos cerca de 30 integrantes - conta o organizador do grupo, Rodrigo Perobelli, 35 anos.
Perobelli explica que o clube é uma confraria de amigos, por isso não há uma diretoria, nem mensalidade a pagar. 
- Nós não temos sede própria mas, mesmo assim, nos reunimos mensalmente para fazer um churrasco, tomar um chimarrão e conversar. A ideia é compartilhar experiências e desfrutar de histórias contadas por seus integrantes com suas máquinas - declara Perobelli.

Pé na estrada e compra coletiva

Mas e o que mais faz um grupo de pessoas que gostam de carros antigos? Além das rodas de conversas, eles participam de encontros, desfilando seus opalas e trocando informações sobre essa paixão. Em 2015, o Opala Club SM participou do Brique da Vila Belga, dos encontros da Avasm, do Chima Rock em Faxinal do Soturno, do 5º Encontro Estadual de Fuscas no Centro de Eventos da UFSM, e, em novembro, do 9° Encontro de Opalas de Santa Cruz do Sul. Nesse evento, o grupo ganhou dois troféus de Melhor Carro, além de ser campeão da gincana e o clube com mais representatividade, com 21 carros.
Já consolidado, o grupo agora se dedica a organizar e a participar de ações sociais. A primeira experiência foi em dezembro, com o 15º Natal do grupo Amigos do Bob.
- Arrecadamos 500 brinquedos para doação e trabalhamos durante toda a festa. Isso nos fez perceber o quão importante é ajudar o próximo, ser solidário e como a parceria com outros grupos é gratificante - conta Perobelli.

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Além da união para a solidariedade, o grupo fez uma “vaquinha” para uma extravagância: adquirir uma Caravan Ambulância de 1990.
- Conseguimos 28 integrantes interessados em fazer a compra. Dividimos o valor e fomos até Caxias do Sul buscá-la - explica o militar Tiago Bonotto da Silva, 31 anos.

Opaleiros de plantão

A maioria dos integrantes do clube conta que sua paixão pelo Opala começou na infância, sob influência de pais e familiares.
- Desde criança andava no carro do meu pai. Depois, aprendi a dirigir em um Opala - lembra o empresário Guilherme Forgiarini, 33 anos, dono de um modelo há oito anos.
- Quando eu era criança andava no opala do meu pai, depois na adolescência andava com o meu primo - explica Tiago Bonotto da Silva.
Apesar de jovem, o clube já coleciona histórias inusitadas. Uma delas ocorreu com o empresário Rodrigo Bittencourt, 29 anos.
- Um senhor estava tentando estacionar o carro, um Opala, mas estava com muita dificuldade. Eu fui lá e estacionei para ele. Quando desci do carro, perguntei se ele tinha interesse em vendê-lo, e ele disse que sim. Ali mesmo, já acertamos o negócio - lembra Bittencout.
E se engana quem pensa que os amantes do Opala são um clube restrito a homens. Mulheres, namoradas e amigas dos integrantes também têm admiração por esse carro,  participam de todos os eventos e até criaram um grupo no Whatsapp específico delas: o Opala Club Girls.
- Eu sempre via o amor do meu irmão pelo carro, depois meu marido; aí comecei a acompanhá-los -  conta a dona de casa Angela Konzen, 33 anos.

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