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NathSchneider
Uma manhã com atletismo, basquete, vôlei e outras atividades adaptadas para pessoas com deficiência (PCDs) marcaram a primeira edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa na cidade, que ocorreu na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Centro de Educação Física e Desportos (Cefd), neste sábado. Santa Maria foi uma das sete cidades do Rio Grande do Sul escolhidas para sediar o festival que ocorre em 98 núcleos do país. O evento é promovido anualmente pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e, na cidade, a organização local ficou por conta do Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada (Naeefa) e do Cefd. De acordo com Luciana Palma, idealizadora do festival na cidade e coordenadora do Naeefa, sediar o evento é um momento desafiador, mas de muita alegria. Para ela, o festival é um reconhecimento dos 28 anos de existência do Núcleo e também uma forma de levar as práticas paralímpicas além:
– A proposta é difundir as possibilidades de experimentação, de incentivar a prática ao longo da vida e, se alguém tiver interesse, seguir em uma modalidade de alto rendimento. Acima de tudo, o Festival Paralímpico tem como objetivo principal a inclusão social através do esporte – explica.
Fotos: Nathália Schneider (Diário de Santa Maria)
Basquete em cadeira de rodas, voleibol sentado e atletismo (corrida e arremesso) foram as modalidades escolhidas para serem realizadas durante a manhã de sábado nos ginásios didáticos do Cefd que possuem acessibilidade. Marion Moreira Filho, 24 anos, já frequentava a UFSM, mas agora teve a chance de conhecer a pista de atletismo e praticar tanto corrida, quanto arremesso de peso. – É a primeira vez que eu pratico esporte e venho aqui conhecer, o que eu mais gostei de esporte foi o arremesso de peso – comenta.
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Jeferson Cardoso é atleta de basquete e corrida e já pratica há 5 anos e meio no Naeefa. Ele conheceu o grupo através de amigos e percebe o evento como uma oportunidade de mostrar o esporte para mais pessoas:– É importante para nós termos o esporte adaptado e a universidade divulgados – comenta.
Acessibilidade além do festival
Durante o ano, a UFSM desenvolve ações de núcleos e projetos que promovem a diversidade e a inclusão social. O Naeefa, que tem quase 30 anos de história, oferece aulas de natação, goalball (exclusivo para pessoas com deficiência visual), basquete sobre rodas e outros esportes. Todas elas gratuitas e abertas à comunidade.– A gente tá sempre de portas abertas para trazer mais pessoas para dentro do esporte, que é sinônimo de qualidade de vida. Ano que vem estamos com a expectativa de começar a oferecer atletismo e parabadminton que é uma nova modalidade paradesportiva – comenta Rafaela Muller, integrante do Naeefa. Um dos novos projetos deste ano é o “DiVerso”, coordenado por Mônica de Borba Barboza, do Curso de Dança-Licenciatura da UFSM e Fernanda Taschetto, servidora pública. O programa de extensão realizou uma ação no evento com a exposição “Dançar as coisas do pago”. A proposta era expor as fotografias do artista Dartanhan Figueiredocom legendas audiodescritivas.
– Estamos audiodescrevendo e acessibilizando imagens com protagonismo de artistas com e sem deficiência e, pensando em chegar principalmente nesse público com deficiência visual, mas não só ele porque os estudos mostram hoje como a audiodescrição pode ser utilizada por várias grupos, desde pessoas com deficiência intelectual, pessoas do espectro de autista e idosos – explica Mônica.As fotos expostas foram tiradas em 2018 e retratam pessoas com e sem deficiência em um espetáculo de dança. A ideia daqui para frente é expandir as ações de acessibilidade:– A nossa intenção é que esses projetos e essas ações cheguem e aproximem a comunidade externa à universidade. Queremos levar eventos culturais com acessibilidade ao público – finaliza Fernanda.
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