Revista Mix: Diferentes gerações são homenageadas na Semana Farroupilha

Bernardo Abbad

Revista Mix: Diferentes gerações são homenageadas na Semana Farroupilha
Fotos: Nathália Schneider

Com o tema “Etnias do Gaúcho: Rio Grande terra de muitas terras“, os Festejos Farroupilhas de Santa Maria também prestam homenagens a nomes que traduzem bem esse sentimento de manter viva a chama da tradição. O Patrono local das festividades é Renato Pivetta, que vive o tradicionalismo gaúcho há mais de 90 anos. Com menos idade, mas igual orgulho, Matheus Sachett, 23 anos, o 3º Peão Farroupilha do Estado, e Mateus Rodrigues, 17 anos, o 2º Guri Farroupilha, representam o CTG Sentinela da Querência no Rio Grande do Sul. Também tem espaço para legados que não se apagam jamais. O homenageado local deste ano, Alberi da Silva Pereira, faleceu em abril, enquanto fazia o que mais amava: dar aula de danças tradicionais no CTG. Nesta edição da Revista MIX, contamos um pouco dessas histórias de orgulho e tradição.

ALBERI DA SILVA PEREIRA (HOMENAGEM PÓSTUMA)

O homenageado local desta Semana Farroupilha é Alberi da Silva Pereira. Instrutor de danças tradicionais no CTG Coxilha Verde, de Formigueiro, no Grupo Folclórico Sementes de Oliva da Escola Oliva Lorentz Schumacher, também em Formigueiro, e no CTG Porteira da Tradição, de Eldorado do Sul, Alberi era um nome conhecido no meio tradicionalista. Atualmente, também dançava no grupo de veteranos do Centro de Pesquisas Folclóricas Piá do Sul.

Alberi também dedicou anos de sua vida como professor, coordenador e mór geral da Banda Marcial da Escola Estadual de Educação Básica Manoel Ribas, onde entrou como aluno até alcançar o cargo mais alto; e foi diretor da comissão de frente da Escola de Samba Império da Zona Norte em muitas oportunidades. No tradicionalismo, ocupou cargos como 1° Peão Farroupilha da 13ª RT, nos anos 1990, e esteve à frente do Departamento de Concursos e demais cargos da coordenadoria regional em diferentes gestões. Alberi também fez parte da Comissão Julgadora de concursos de Prendas e Peões da 13ª RT.

Conforme a filha, Thayná de Oliveira Pereira, de 22 anos, o pai amava tudo que fazia e, além de professor, era uma “biblioteca ambulante” sobre o tradicionalismo gaúcho. Segundo a estudante de Radiologia, nos CTGs que frequentou, ele não deixou somente grandes amizades, mas grandes legados. No dia 22 de abril, Alberi sofreu um infarto enquanto dava aulas para a invernada mirim do CTG Coxilha Verde. Thayná lembra com carinho do pai e se orgulha de ver mantido o legado dele nas instituições por onde passou:

– Meu pai, além de muito amoroso comigo, também amava o tradicionalismo gaúcho. Sempre foi muito querido por todos, tanto que estou recebendo neste momento o carinho e as homenagens desta família tradicionalista que são os CTGs. Para mim, é uma honra, sei que ele era e sempre será lembrado por mim e pelas escolas, bandas e CTGs, com muito carinho e reconhecimento pelos seus ensinamentos tanto culturais como artísticos, no caso das danças tradicionais. Eu só tenho a agradecer as homenagens prestadas a ele.

Na segunda parte da reportagem, confira as histórias de tradição de Matheus Sachett, Mateus Rodrigues e Renato Pivetta.

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