O coração do Centenário voltou

Relógio danificado por incêndio no Colégio Centenário foi restaurado e reinaugurado

Liciane Brun

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Um tradicional símbolo do Colégio Metodista Centenário voltou para seu antigo lar. O relógio de pêndulo, que ficou parcialmente destruído no incêndio da ala antiga da instituição, em 2007, foi restaurado e devolvido ao colégio, na manhã de sábado. Em uma cerimônia que emocionou ex e atuais alunos, a peça foi reinaugurada. O evento teve a presença da última diretora do antigo internato da escola, a americana Wilma Roberts, mais conhecida como Miss Roberts.

Segundo Miss Roberts, o relógio tem mais de 300 anos. Ela não sabe precisar de onde veio a peça, mas diz  que foi um presente enviado pelas missionárias metodistas do Brasil para o primeiro aniversário da instituição. Hoje aposentada, Miss Roberts disse estar honrada e feliz por participar de momento tão especial.
- Estou muito feliz pela atitude dos alunos que ajudaram a restaurar o relógio. Alivia um pouco a dor de ver que o prédio ainda não está reconstruído - comentou.

A ideia de restauração partiu de egressos da escola e tomou força depois que o presidente da Associação de Ex-Alunos, Alexandre Grellmann, 54 anos, abriu uma campanha no Facebook, no final de 2013. O incêndio queimou o pedestal do relógio e estragou a engrenagem que o fazia funcionar. Após dois meses de arrecadação de verba, 44 ex-alunos tornaram possível os reparos e o retorno do objeto às paredes do Centenário.
- É como se fosse o coração do colégio voltando a bater - disse Grellmann.

Ex-aluna e ex-funcionária do colégio, Maria José Soares da Rocha, 92 anos, pôde acompanhar de perto a entrega do relógio. Ela, que morou no local por 52 anos, conta que o objeto ficava bem na entrada da escola, e que as meninas eram proibidas de passar na frente dele.
- Não pelo relógio, mas porque elas não podiam ir para a frente da escola... - relembrou, acrescentando que, antigamente, dizia-se ao alunos menores para não ficarem muito tempo em frente ao relógio porque, senão, "ele falava".

O diretor da Rede Metodista da região Sul, Roberto da Fonseca, valorizou a atitude dos ex-alunos.
- Isso é uma obra de arte histórica. É o símbolo do nosso compromisso com as gerações. Os nossos ex-alunos o trazem de volta à escola, para os novos alunos cuidarem - comenta.

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