Reconstrução de três pontes em rodovias da região está entre as prioridades no pacote anunciado pelo governador

Reconstrução de três pontes em rodovias da região está entre as prioridades no pacote anunciado pelo governador

Foto: Maurício Tonetto/Secom (Divulgação)

Em coletiva, foram apresentadas duas projeções de investimento para atender a rodovias pavimentadas e não pavimentadas.

Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (3), o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou um balanço da situação das rodovias no Rio Grande do Sul e adiantou os próximos passos do plano de reconstrução. Oito pontes em rodovias estaduais foram elencadas como obras prioritárias — três delas estão localizadas na Região Central, duas na ERS-348, em Faxinal do Soturno, e uma na ERS-530, entre Dilermando de Aguiar e São Pedro do Sul, na ERS-530. 

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) irá contratar empresas para fazer as obras nas oito pontes, com valor estimado em R$ 76,4 milhões. A reconstrução das três estruturas na região somam mais de R$ 35 milhões.

Na ERS-348, entre Faxinal do Soturno e Santos Anjos, a ponte sobre o Rio Soturno, que foi derrubada pela correnteza, era de pista simples e 50 metros de comprimento. Segundo o prefeito de Faxinal, Clovis Montagner, a nova ponte prevista pelo Estado será de 120 metros e mão dupla, para garantir melhoria no tráfego e ser mais resistente às enchentes. 

O custo será de R$ 15, 699 milhões, diz o Estado. Também na ERS-348, entre Santos Anjos e o interior de Nova Palma, a nova ponte sobre o Rio Guarda-Mor vai custar R$ 11,774 milhões. Montagner diz que ela será bem maior do que a ponte projetada no asfaltamento da ERS-348, que custaria R$ 4 milhões. A estrutura antiga foi levada pelas águas. Já a nova ponte entre São Pedro do Sul e Dilermando de Aguiar custará R$ 7,849 milhões.

Na Região Central, outras duas pontes ainda não têm previsão de reconstrução: uma fica entre São Pedro do Sul e Quevedos, e outra, entre Toropi e Quevedos. Já na RSC-287, é a concessionária Rota de Santa Maria que vai reconstruir a ponte do Arroio Grande, que está com estrutura móvel do Exército.

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Todas as obras contemplam estudos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), considerando projeções de mudanças climáticas e riscos associados a eventos extremos como o ocorrido neste ano. Além de Faxinal do Soturno e Dilermando de Aguiar, as passagens nos municípios de Feliz (VRS-843), Vista Alegre do Prata (ERS-441), Itati (ERS-417), Sinimbu (ERS-471) e Relvado (ERS-433) também foram priorizadas para receber ações de recuperação e reconstrução.



A categorização das estradas afetadas foi baseada em sete critérios:

  • situação da rodovia; 
  • tempo gasto a mais em deslocamentos; 
  • quantidade de afetados; 
  • impactos na economia local; 
  • impactos na saúde;
  • impactos na mobilidade urbana; 
  • volume de circulação de veículos.

Investimento a curto e longo prazo

O governo do Estado apresentou duas projeções de investimento para atender a 8.434 km de rodovias pavimentadas e não pavimentadas que foram afetadas de alguma forma. O custo mínimo seria de R$ 3 bilhões, com obras de correção e liberação dos pontos atingidos. Já no cenário de investimento com adaptações para as mudanças climáticas, o valor pode chegar a R$ 9,9 bilhões.

— Vamos buscar viabilizar todo investimento possível, e podemos assegurar que pelo menos R$ 3 bilhões são estimados. Esse valor seria para não apenas reconstruir pontes e recompor estradas, mas também para melhorar trechos dessas estradas e qualificar toda a rodovia, garantindo conforto e segurança aos usuários — explicou Leite.

Para agilizar o atendimento das cidades afetadas, foram definidas modalidades de contratação conforme a necessidade de cada local. Nos casos de grande impacto, será utilizada a contratação com dispensa de licitação, em regime integrado, permitindo que as fases de instrução do processo sejam realizadas em até 15 dias.  

A coletiva foi realizada no Centro Administrativo de Contingência, em Porto Alegre, e contou com a presença dos secretários de Logística e Transportes, Juvir Costella, e da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.

Balanço

As chuvas afetaram 403 pontos em rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul. Atualmente, 96 pontos ainda contam com algum tipo de bloqueio, seja ele parcial ou total. Segundo o governador, 6,5 milhões de gaúchos foram afetados pelas interdições. 

Foram 8,4 mil quilômetros afetados na malha estadual, enquanto 5,2 mil quilômetros correspondem à malha federal.

Dos 228 pontos bloqueados em estradas estaduais, 163 já foram liberados. Nas estradas federais, dos 175 pontos interrompidos, 145 já estão com tráfego normalizado.


Rodovias federais

  • 175 pontos afetados
  • 145 pontos liberados
  • 7 bloqueios totais
  • 19 bloqueios parciais
  • 4 pontes bloqueadas


Rodovias estaduais

  • 228 pontos afetados
  • 163 pontos liberados
  • 18 bloqueios totais
  • 32 bloqueios parciais
  • 15 pontes bloqueadas

*dados de 02/06/24

*com informações do governo do Estado




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