Prefeitura de Santa Maria anuncia que irá pagar salários de servidores ativos nesta terça; complementação para inativos e CCs ficam para janeiro

Prefeitura de Santa Maria anuncia que irá pagar salários de servidores ativos nesta terça; complementação para inativos e CCs ficam para janeiro

Foto: Vinicius Becker (Diário)

A prefeitura de Santa Maria anunciou que fará, nesta terça-feira (30), o pagamento integral dos salários de dezembro para os servidores ativos do município. A quitação ocorre em meio à crise financeira enfrentada pelo Executivo. Ficam de fora do pagamento, nesta data, o prefeito, a vice-prefeita, os secretários municipais e os cargos em comissão (CCs), além da complementação necessária para o pagamento de aposentadorias e pensões do Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria (Ipassp).


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Segundo o comunicado oficial, os valores serão creditados ao longo do dia nas contas bancárias dos servidores ativos. o repasse da complementação da folha de pagamento dos inativos e pensionistas do Ipassp será feito apenas a partir de janeiro, o que pode ocasionar atraso no pagamento dos benefícios.


De acordo com a prefeitura, a decisão considera o ingresso de receitas e a evolução diária do fluxo de caixa, sendo reavaliada mês a mês. A administração municipal informou ainda que a previsão é de que os salários do prefeito, da vice-prefeita, dos secretários e dos cargos em comissão, assim como a complementação ao Ipassp, sejam pagos até o dia 15 de janeiro. A expectativa está vinculada à entrada de recursos provenientes do pagamento da cota única do IPTU, cujo prazo se encerra em 12 de janeiro.


Crise financeira e impacto nos serviços
A definição sobre o pagamento ocorre em um contexto de agravamento da crise financeira da prefeitura. Além da instabilidade na folha de pagamento, o município acumula atrasos com fornecedores, que devem chegar a R$ 22 milhões até o final de dezembro. 


A prefeitura atribui o desequilíbrio das contas, principalmente, ao déficit da Previdência Municipal. Somente em 2025, a estimativa é de que o Executivo destine cerca de R$ 215 milhões ao Ipassp, somando contribuições regulares e aportes extras para cobrir o rombo previdenciário. Esse volume compromete recursos livres que poderiam ser utilizados em investimentos e na manutenção de serviços públicos.


Orçamento pressionado para 2026
O Orçamento de 2026, aprovado pela Câmara de Vereadores, prevê despesas de R$ 1,69 bilhão e já indica um déficit de R$ 66 milhões. Quase um terço desse montante, cerca de R$ 479 milhões, está destinado ao Instituto de Previdência, reforçando a pressão sobre as finanças do município e a incerteza quanto à regularidade dos pagamentos ao longo do próximo ano.


Enquanto isso, a prefeitura afirma que segue adotando medidas de contenção, como revisão de contratos, renegociação com fornecedores e controle rigoroso das despesas de custeio, na tentativa de amenizar os efeitos da crise, embora reconheça que essas ações não eliminam o desequilíbrio estrutural provocado pela despesa previdenciária.

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