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Polícia investiga agência de turismo suspeita de estelionato em Santa Maria

João Pedro Lamas

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A Polícia Civil instaurou um inquérito na manhã desta terça-feira para investigar uma agência de turismo de Santa Maria suspeita de estelionato. Ela teria lesado clientes em R$ 43,7 mil.

Conforme uma cliente que concedeu entrevista ao Diário com a condição de não ser identificada, ela foi lesada em R$ 6.950. Junto com três amigas, pretendia viajar para a Europa em 12 de abril por meio da empresa Multi Travel Viagens e Turismo, que fica na Rua Cel. Niederauer, bairro Bonfim. O pagamento foi feito à vista, no fim do ano passado.

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A viagem foi adiada diversas vezes, até que se definiu que ela ocorreria em agosto. No entanto, em 18 de julho, Ricardo de Andrade Bilhalva, ex-sócio da empresa, foi à Restinga Seca, onde reside a cliente, explicar que a viagem não sairia e que ele não teria condições de reembolsá-la.

– Não tenho expectativa de ser ressarcida. Depois de muita insistência, a resposta que tive foi que a empresa não tinha dinheiro. Por isso procurei a polícia – relata a vítima.

As três amigas dela também contrataram o serviço com a empresa e foram lesadas. Todas vivem em Restinga Seca. Uma sofreu um prejuízo de R$ 12 mil, outra de R$ 11,5 mil e uma terceira de R$ 7.250. Elas prendiam viajar para Portugal e Espanha.

De acordo com o delegado André Diefenbach, mais duas pessoas teriam sido lesadas pela empresa. Elas pretendiam ir para o Peru e desembolsaram R$ 3 mil cada. No entanto, a viagem não saiu e eles teriam recebido a mesma justificativa que as clientes de Restinga Seca. Todos disseram ter negociado com Richer Rafael Bilhalva, irmão de Ricardo.

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O Diário conversou com Ricardo. Ele estava na sede da empresa e confirmou que o problema existe. Ele explicou que o irmão, Richer Rafael, foi o responsável pelos negócios. Ele teria feito maus negócios no gerenciamento da agência, o que fez com que cobrasse menos dos clientes do que seria necessário para custear as viagens. Na tentativa de manter os clientes e realizar as viagens, teria gasto o dinheiro. O que teria sido feito não foi esclarecido à reportagem.

Ricardo explica que Richer foi afastado da empresa há algumas semanas para um tratamento psiquiátrico. Ele indica que deixou a sociedade com o irmão há algumas semanas. Ainda, que tem tentado viabilizar formas de negociar com os clientes, até agora sem sucesso.

– Eu estou investindo esforços para resolver o problema. Meu irmão fez maus negócios e acabou virando essa bagunça. Ninguém vai sair no prejuízo – garantiu Ricardo.

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O advogado que representa a empresa, Kleiber Rocci, aguarda ter acesso ao inquérito para poder se posicionar legalmente em nome do cliente. No entanto, assim como Ricardo, garantiu que os esforços da empresa estão sendo investidos para solucionar o problema e garantir os direitos dos clientes.

O delegado Diefenbach pretende chamar as vítimas para prestar depoimento e, quando essa etapa for superada, chamará os responsáveis ela empresa para prestar esclarecimentos.

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