PLURAL: toc toc – não é brincadeira

Redação do Diário

A coluna Plural deste final de semana traz textos de Arnoldo Machado e Suséli Santos sobre o tema Bem Estar e Saúde Mental. Os textos da Plural são publicados diariamente na edição impressa do Diário de Santa Maria. A Plural conta com 24 colunistas.

Suséli SantosPsicóloga

Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade descrito no “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais – DSM V” da Associação de Psiquiatria Americana que apresenta como principal característica a presença de crises recorrentes de obsessões, compulsões e uma série de manias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, o TOC é o quarto transtorno psiquiátrico mais comum, precedido apenas pela depressão, fobia social e abuso de substâncias. Pesquisam apontam que, no Brasil, existem entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas acometidas pela doença. O TOC é considerado um transtorno bastante comum, geralmente apresenta os primeiros sinais na infância e em geral na adolescência. Seus sintomas tendem a se manter por toda a vida com flutuações na intensidade, podem desaparecer espontaneamente por algum momento, porém retorna com outras formas de rituais e compulsão. Desta forma, os sintomas são muito graves e incapacitantes, causando sofrimento e interferência significativa nas relações pessoais e no desempenho ocupacional, geralmente deixa o indivíduo inteiramente dependente de seus familiares.

Além disso, as pessoas acometidas gastam boa parte de suas vidas na execução de rituais inúteis ou envolvidos em dúvidas e medos obsessivos. Em alguns casos, o tempo consumido chega a um terço dos anos de vida ou até mais. Os indivíduos com TOC apresentam sérias dificuldades para conviver com outras pessoas, para namorar e constituir sua própria família, tendo como consequências o isolamento social e a depressão.

Embora existem interferências na capacidade de viver, o TOC ainda costuma ser subdiagnosticado e muitos pacientes não buscam tratamento ou demoram muito tempo para fazê-lo, pelo simples medo do julgamento e da exposição de seus sintomas por vergonha de serem ridicularizados e de sofrerem possíveis humilhações.Suas causas podem estar associadas a fatores biológicos, genéticos e psicológicos. Apresentam os sintomas mais comuns, como banho demasiadamente demorado, lavar as mãos várias vezes, separar objetos por cor, lavagens excessivas, verificar maçanetas, entre outros.

Seu tratamento deve ser realizado por médicos ou profissionais da saúde mental. Por todos esses motivos deve ser considerado um transtorno mental grave, incapacitante e comparável com outros transtornos psiquiátricos como a esquizofrenia e o transtorno bipolar, e como um importante problema de saúde.

Segue algumas dicas de como podemos ajudar uma pessoa com TOC:

Não a culpe pelo que ela está passando,Incentive-a buscar ajuda médica;Ajude-a sentir-se menos culpada com os sintomas do TOC.TOC é um transtorno, não é brincadeira.

Leia o texto de Arnoldo Machado

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