"É um sentimento de impunidade", diz familiar de Felipe Rita sobre o caso que completa dois anos; confira a posição da defesa dos acusados

Foto: Gilberto Ferreira

A família e amigos de Felipe Rita, morto a facadas por Elson Dias Gonçalves, em abril de 2023, no Bairro São João, em Santa Maria, acompanha a nova audiência do caso, nesta quinta-feira (3), em frente ao Fórum de Santa Maria. Felipe era ex-companheiro da namorada de Elson, Ariane Sangoi. 

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Com cartazes pedindo justiça pelo parente, a família de Felipe Rita se reúne para aguardar desdobramentos da audiência. Os réus, Ariane e Elson, que respondem em liberdade e não moram na cidade, serão ouvidos no formato virtual. Testemunhas de acusação e de defesa também foram intimadas a prestar seus depoimentos.

Gustavo Carlosso, primo da vítima e que está na vigília, contou sobre o sentimento dos familiares, ao programa Bom Dia, Cidade! (CDN 93.5 FM):

– É um sentimento de impunidade. Já vimos eles na rua, transitando como casal. Pra filha do Felipe e da Ariane, isso machuca demais. A mãe do Felipe também sofre muito por não ver a justiça sendo feita – contou o familiar.

A conduta da defesa dos réus também foi questionada pelo primo de Felipe. 

– A defesa do réu tenta usar estratégias. Não comparecer com testemunhas, conseguir prorrogar. E hoje eles têm o benefício de serem ouvidos em São Borja, sendo que residiam em Santa Maria. Isso tudo machuca muito a família – completou Gustavo.

Na época, Elson alegou legítima defesa e afirmou que Felipe havia invadido a casa de Ariane e ameaçado os dois. O réu responde por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo torpe).

Ariane foi acusada pelo Ministério Público (MP), ainda em 2023, por omissão de socorro e favorecimento pessoal. A denúncia não foi aceita pela Justiça na época, e o MP recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), onde o recurso foi aceito. Ou seja, Ariane e Gonçalves figuram como réus.


Expectativa das defesas

​Bruno Seligmann de Menezes, advogado de defesa da família de Felipe Rita:

"A assistência à acusação está convencida de que será possível realizar toda a produção da prova e encaminhar o processo para o encerramento da presente etapa, encaminhando os acusados a julgamento pelo Tribunal do Júri. A sociedade santa-mariense espera uma resposta rápida e justa."

​Cristiano Pretto, advogado de defesa de Ariane e Elson:

"Nossa tese permanece a mesma, vamos comprovar que naquela noite, a Ariane acionou o irmão da vítima várias vezes. Já sobre o Elson, mantemos a linha de que o Felipe invadiu e pulou o portão várias vezes antes de acontecer o fato. Isso só ocorreu porque a vítima, alterada, fez isso."


Relembre o caso

O crime aconteceu pouco depois das 2h do dia 24 de abril de 2023 na Rua Anaurelina Coden Portela, no Bairro São João, na região oeste de Santa Maria. Na época, foi registrado como o 26º homicídio daquele ano na cidade

A ex-companheira da vítima morava na residência onde Felipe Rita foi morto. Eles estariam separados havia pelo menos dois meses, mas o ex-companheiro teria ido até a casa e, quando chegou no local, Ariane estava acompanhada de Elson, seu atual namorado.

Rita e Ariane teriam discutido, quando Elson teria se envolvido na discussão e entrado em luta corporal com Rita no pátio da casa. A vítima foi golpeado com cerca de oito facadas. De acordo com câmeras de monitoramento do local, Ariane assistiu à cena, mas não interferiu para impedir as agressões contra o ex-companheiro.

Em entrevista ao Diário na época, Ariane Sangoi disse que a morte de Rita foi uma “fatalidade”, e que Elson teria agido em legítima defesa. Ela informou que o ex-companheiro havia invadido a sua casa, durante a madrugada, e que teria ameaçado a ela e o namorado de morte. Leia a matéria aqui. 

Em uma entrevista exclusiva ao Bei, também na época, William Moraes, irmão de Rita, disse que o maior desejo da família da vítima é que a verdade seja esclarecida. Leia a matéria neste link.


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