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PLURAL: os textos de Neila Baldi e Noemy Bastos Aramburú

A palavra que não pode ser dita
Neila Baldi 
Professora universitária

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A mídia brasileira aboliu de seus dicionários uma palavrinha. Não quer ser processada por dizer o que de fato ocorre no país. A CPI da Pandemia provou esta semana que está em curso o extermínio do povo brasileiro, por deliberação de autoridades e empresários. O depoimento da advogada Bruna Morato, que representa médicos da Prevent Senior, deixa claro que, em nome do discurso de que a economia não podia parar, brasileiros e brasileiras foram feitos de cobaias e morreram com o uso do chamado "kit covid" ou "tratamento precoce".

A operadora é acusada de realizar experimentos não autorizados e de alterar prontuários e atestados de óbitos para retirar a Covid-19 como causa. Para isso, internava pacientes contaminados com não infectados e se suspeita de que reduzia o nível de oxigênio de pacientes internados há mais de 14 dias. "A expressão que ouvi é de que óbito também é alta", disse Bruna à CPI. Mascarando óbitos, a "efetividade" do "kit" aumentava.

ESPERANÇA

Haveria um pacto entre a empresa e o chamado gabinete paralelo do Ministério da Saúde - e alinhado ao Ministério da Economia - para dar uma justificativa "científica", a fim de evitar lockdown e retração do PIB. "Existia um interesse do Ministério da Economia para que o país não parasse. Existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo", disse. Segundo a advogada, a empresa entrou para "corroborar" a tese de as pessoas se exporem ao vírus com a sensação de que havia um tratamento. "A expressão que ouvi dos médicos é de que aquilo seria uma pílula de esperança."

Se o que a Prevent Senior fez ficasse circunscrito à operadora, já era crime. Mas o que ocorreu no Brasil foi pior que isso, pois a pesquisa foi usada pelo chefe da nação para justificar a produção, pelo Exército, de cloroquina, bem como para distribuir o "kit covid" no SUS. Quantos brasileiros e brasileiras morreram por isso?

Tem gente que chama os seguidores do #EleNão de gado. Parece que o que fizeram com o povo brasileiro foi isso: mandá-lo para a o abatedouro. Algumas ações já eram conhecidas - e, por isso, chamamos ele por aquela palavra que não pode ser escrita - como ir contra o isolamento social e combater as máscaras, assim como sabíamos que a vacina chegou atrasada e da promoção de remédios inúteis. 

Cada dia, a CPI nos prova o que de fato vem ocorrendo no Brasil desde que a pandemia começou. Fosse diferente, teríamos menos mortes, menos desemprego, menos pobreza. Por aqui, quem não morre de Covid, morre de fome. O que está em curso no Brasil tem nome - a palavra que não pode ser dita.

Jair ou Messias

Noemy Bastos Aramburú
Advogada, administradora judicial, palestrante e doutora

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Desiludida com o que vivíamos e apaixonada pelo Direito do Trabalho de Getúlio Vargas, não esse direito do trabalho desvirtuado, entendi, na época, que Luiz Inácio da Silva poderia resgatar esse direito de raiz. Por conta desse equívoco, em 27 de outubro de 2002, votei em Lula para presidente. Acredito que, neste momento, meu pai deu três piruetas no túmulo (risos). 

O sentimento que me levou a votar no Partido dos Trabalhadores (PT) foi a ilusão de que fariam e cumpririam as promessas: igualdade social, paridade econômica, projetos para alavancar a economia, saúde para todos indistintamente, fim da corrupção e das roubalheiras. Entretanto, o que se viu não foi o prometido. Pelo contrário, nunca havíamos vivido um momento de tantos prejuízos e roubos em todas as áreas. 

Quem me conhece sabe que adoro metáforas. Lula fez como a mãe que, para agradar os filhos, pegou o dinheiro do aluguel e usou em balas e passeios que as "crianças" jamais haviam comido e aproveitado. Quando foram despejados, culpou o pai por ganhar pouco. 

Nesse contexto, assume o presidente Bolsonaro, que é o messias, pois além de assumir a família despejada, encontra a pandemia mundial e o assassinato da direita. Bolsonaro cortou a bala e os passeios, age com responsabilidade e gasta com o que realmente deve ser gasto. Mas isso não é o que as "crianças" querem. Isso incomoda, isso gera ódio e, infelizmente, muitos extrapolam agindo, inclusive, com violência e desrespeito. 

Se olharmos as notícias internacionais em relação ao presidente Bolsonaro, veremos que ele incomoda algumas pessoas, porém, todas de esquerda. Ele representa uma muralha ao avanço da esquerda, já que somos o único país da América do Sul de direita. Sua personalidade forte e os seus discursos positivos têm refreado a entrada do comunismo em nosso país, gostando ou não dele, Bolsonaro representa a salvação para quem não quer que o Brasil mude a bandeira verde e amarela para vermelha. 

Hoje, no mundo, temos pouquíssimos países que conseguiram enfrentar a batalha dizendo não às "crianças" e se mantendo de direita. Orgulhosamente, temos, na Europa, Polônia, Hungria, Ucrânia. Na Ásia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan. Na África, não temos nenhum país. Então, a expressão Bolsonarista deve ser entendida como luta pelo Brasil, já que somos o único país, da América do Sul, de direita.

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