vulnerabilidade social

Pessoas em situação de rua, expostas ao frio, chamam a atenção no Centro

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Marcelo Oliveira (Especial/Diário)

Uma cena tem chamado a atenção de quem transita pelo Centro de Santa Maria. Um grupo de moradores em situação de rua ocupa a frente da antiga Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Rua Floriano Peixoto. De acordo com uma das pessoas que mora no local, o grupo é formado por 14 indivíduos, entre homens e mulheres. Alguns são de outras cidades. Muitos trabalham como cuidadores de carro nas ruas e apenas dormem no local. 

Também há quatro cães, uma delas recém parida. Os dois filhotes, de poucos dias, têm sido cuidados pelos moradores. Na última madrugada, em que a cidade registrou ventos fortes e temporal, eles precisaram recorrer a uma lona para se abrigar do frio e da chuva. Na tarde desta quinta-feira, os colchões e cobertas tentavam secar nos momentos de pouco sol.  

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Em relato à equipe do Diário, um dos moradores afirma que eles não querem sair do espaço. 

- Estamos aqui sem fazer mal a ninguém. 

Eles contam que recebem muita ajuda da população, principalmente de refeições e alimentos. Nesta tarde, duas mulheres estiveram no local entregando pipoca, em comemoração ao dia de São João.

A prefeitura de Santa Maria, por meio da secretaria de Desenvolvimento Social, informa que já houve tentativas de encaminhamento dos moradores para as casas de passagem do município. As abordagens, feitas por assistentes sociais e psicólogos, porém, foram sem sucesso. Um dos motivos dessa resistência é por não aceitarem as regras das casas de passagem, como a proibição de consumo de bebidas alcoólicas no local. Na tentativa de levar os moradores que possuem cachorros, foi permitida a entrada dos animais nas casas de passagem, no entanto, mesmo assim, houve recusa.

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- Alguns deles, inclusive, já foram encaminhados mais de uma vez para tratamento contra a dependência química, mas eles retornam para a rua - afirma o secretário João Chaves. 

Diante da situação, a secretaria de Desenvolvimento Social solicitou uma reunião com os vereadores que fazem parte da Comissão de Direitos Humanos, para que, juntos, pudessem definir as próximas ações em busca de uma solução para esse caso. Na reunião, ficou decidido que outras partes envolvidas no assunto, a exemplo da própria UFSM, serão convidadas para outro encontro para discutir quais são as soluções possíveis para o caso.

Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social informa que o número de pessoas que permanece no local varia entre os turnos e dias e, portanto, não é possível precisar uma quantidade exata.

CASAS DE PASSAGEM
O acolhimento na Casa de Passagem Recanto Mundo Novo seria uma opção para os moradores de rua. Atualmente, há espaço para abrigar 50 pessoas. Nesta quinta-feira, havia o registro de 44 acolhidos. O local foi inaugurado há um ano, ampliando o número de vagas do município. Na outra casa de passagem, a Gaia - Casa de Acolhimento Maria Madalena, há 30 vagas e 26 acolhidos. A casa funciona desde setembro de 2020 e fica na Rua Ernesto Becker, 225.

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