Parceria com britânicos reforça hipótese de pesquisa da UFSM

Redação do Diário

Parceria com britânicos reforça hipótese de pesquisa da UFSM
Imagem: Márcio L. Castro

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com paleontólogos da Universidade de Cambridge (Reino Unido), publicaram, na última semana, um artigo no periódico científico Zoological Journal of the Linnean Society, no qual investigam a evolução de um dos principais grupos de dinossauros.

As relações de parentesco entre as principais linhagens de dinossauros são constantemente alvo de debates no meio científico. Em 2020, os pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa/UFSM) Rodrigo Temp Müller e Maurício Garcia publicaram um estudo propondo um cenário alternativo que ajudou a explicar a origem de uma dessas três principais linhagens, a qual é chamada de ornitísquia. Dinossauros ornitísquios são aqueles que possuíam o corpo revestido por placas ósseas e espinhos, além de que alguns ainda tinham chifres ou ornamentações no crânio. Entretanto, existia uma lacuna no registro fóssil relacionada a origem desses animais, de modo que eles eram completamente desconhecidos em rochas do Período Triássico, o mais antigo dos períodos da Era dos Dinossauros.

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De acordo com a proposta dos pesquisadores da UFSM, essa lacuna só existia porque animais chamados de silessaurídeos foram equivocadamente reconhecidos como parentes dos dinossauros ao invés de dinossauros verdadeiros. Quando certas características do esqueleto desses silessaurídeos são analisadas de maneira mais minuciosa, observa-se que eles são posicionados na base da árvore evolutiva dos dinossauros ornitísquios, preenchendo a enorme lacuna do Período Triássico.

Novos testes

Depois que a hipótese dos paleontólogos da UFSM foi publicada em 2020, os paleontólogos britânicos David Norman e Matthew Baron realizaram testes incluindo mais dados na matriz de características anatômicas dos brasileiros. Como resultado, a inclusão desses dados corroborou a hipótese. Foi assim que surgiu a parceria entre a UFSM e Cambridge que resultou no novo estudo. Agora, com a hipótese sendo suportada por mais dados, o time internacional de paleontólogos foi capaz de explorar outras questões relacionadas com a evolução dos dinossauros ornitísquios, revelando a aquisição gradual das estruturas do esqueleto que caracterizam os ornitísquios.

Outra novidade do estudo envolve uma questão ligada ao nome dos grupos de dinossauros ornitísquios. Uma das dificuldades de estudar a origem desses dinossauros por meio da nova hipótese é o modo de diferenciar as formas que eram tradicionalmente reconhecidas como ornitísquios verdadeiros e as formas que anteriormente não pertenciam ao grupo dos ornitísquios.

A solução surgiu através da “ressurreição” do nome Prionodontia. O nome estava esquecido por quase 150 anos e foi proposto pelo paleontólogo Richard Owen, responsável por nomear o grupo dos dinossauros pela primeira vez. No novo estudo, é sugerido que Prionodontia passe a ser o nome dado as formas “tradicionais” de ornitísquios. Os paleontólogos responsáveis pela pesquisa dizem que ela não põe fim à discussão, mas sim, serve para estimular novas investigações e também a busca por mais materiais fósseis.

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