Orquestra Sinfônica abre a temporada com homenagens

Bernardo Abbad

Orquestra Sinfônica abre a temporada com homenagens

Leandro

Foto: Nathália Schneider (Diário)

A Orquestra Sinfônica de Santa Maria (OSSM), sob a regência do maestro Tita Sartor, abrirá a temporada de 2023 com um concerto repleto de atrações e convidados no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) nesta quinta-feira (27), às 20h. Antes, às 19h, no mesmo local, ocorre a solenidade de nomeação da sala de ensaios “Maestro Frederico Richter”, em homenagem ao maestro fundador da OSSM. A entrada é gratuita, mediante a doação de alimento não-perecível no momento de retirada dos ingressos.

Conforme o maestro Tita Sartor, o espetáculo terá início com a Fanfarra para o Homem Comum, do compositor e pianista norte-americano Aaron Copland, momento em que, conforme o maestro adianta, haverá uma surpresa, com uma distribuição diferente da orquestra no teatro.

Em seguida, o pianista uruguaio Miguel Lecueder, professor de performance da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu apresenta a Rhapsody in Blue, para piano solo e orquestra, do jazzista norte-americano George Gershwin.

– Teremos a presença desse grande pianista uruguaio que ficou 20 anos na Espanha e agora retorna a seus país natal. Miguel Lecueder está, inclusive, organizando a próxima turnê internacional da Orquestra Sinfônica de Santa Maria, no Uruguai. Em junho deste ano, iremos às cidades de Artigas e Salto, onde reproduziremos esse concerto de abertura que será apresentado na UFSM – conta Tita Sartor.

Estreia

A segunda parte do concerto é dedicada a pérolas do repertório brasileiro. A obra Três Cantos Poéticos, por exemplo, do maestro Frederico Richter, será apresentada. O santa-mariense Dimitri Cervo, compositor residente deste ano, rege O Trenzinho do Caipira, movimento da Bachianas Brasileiras 2, de Heitor Villa-Lobos. A obra Abertura Brasil 2014, do próprio Cervo, vem na sequência. Também no programa, peças como Prelúdio da Bachianas Brasileiras 4, de Villa-Lobos e a abertura da ópera O Guarani, de Carlos Gomes. Para a peça Chamamé, no final, uma estreia:

– No encerramento, teremos mais uma surpresa durante a estreia de Jamille Padoin como maestrina da OSSM. Ela irá reger a peça da compositora porto-alegrense Catarina Domenici. São quatro atrações em um concerto inesquecível e bem preparado – finaliza Tita Sartor.

Agende-se 

O quê – Concerto de abertura da temporada 2023 da Orquestra Sinfônica de Santa Maria

Quando – Quinta-feira (27/04), às 20h

Onde – Centro de Convenções da UFSM, em Camobi

Quanto – De graça, com doação de alimento não-perecível

Ingressos – No Centro de Convenções da UFSM e na Rótula Papelaria e Presentes, na RSC-287, 7.715 , em Camobi

Eterno maestro

Falecido em janeiro de 2023, Frederico Richter foi o criador e fundador da Orquestra Sinfônica de Santa Maria, em abril de 1966. Filho de emigrantes austríacos, Frederico nasceu em Novo Hamburgo, em 1932, e começou a compor já na infância. Criou mais de 900 obras, entre títulos globais como Ciclos e Sinfonias, e cerca de 50 obras para orquestras e ópera. Tocou na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) por 20 anos, de 1950 a 1971, como 1º violino. Como maestro, regeu também a Ospa, assim como orquestras em São Paulo e Montevidéu.

Em 1966, já lecionava no Departamento de Música da UFSM, instituição da qual foi professor titular por 33 anos. Encontrando melhores condições para compor na cidade, decide se radicar em Santa Maria com a família, em 1971. Era doutor em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pós-doutor pela McGilll University, do Canadá. Adotou o codinome de “Frerídio” pelo qual é conhecido entre compositores.

Frederico Richter também ministrou cursos no exterior e atuou como conferencista, músico, docente e pesquisador na Alemanha, Áustria, Reino Unido, Escócia e Canadá. Nos últimos anos, era bastante solicitado por intérpretes para apresentar suas composições. Obras do maestro para piano foram apresentadas em dois concertos na Áustria e, recentemente, havia estreado Viola I, de sua autoria, no Azerbaijão, e Estados de Alma, trio para violino, viola e violoncelo, em Moscou.

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