Artigo

OPINIÃO: Olhos no futuro, barriga no balcão

Mateus Frozza

A frase que contempla o título deste artigo representa o gestor atual de toda pequena, média e grande empresa no Brasil. A conjuntura política e econômica está mudando o comportamento dos consumidores. Os novos compradores querem explorar e pensar sobre como os produtos podem melhorar suas vidas. Eles pesquisam para entender as suas necessidades e são motivados a se conectar com outras pessoas. Eles são movidos por um desejo de tomar conta de suas próprias identidades e do bem-estar de suas famílias e suas casas. 

Temos, hoje, um consumidor mais maduro, mais racional e consciente do seu poder de escolha como cidadão. No meu entendimento, este é o novo consumidor brasileiro gerado pelo atual momento. Já o gestor deve ter, como ¿mantra¿, as palavras planejar, orçar e executar. Buscar a eficiência sem perder de vista as transformações geradas pela revolução digital cada vez mais presente e influente no dia a dia dos consumidores. 

Em recente pesquisa realizada pelo Google, uma pessoa acessa o celular, em média, 150 vezes por dia, totalizando 7 horas diárias, 49 horas semanais e 196 horas mensais. Temos, hoje, um consumidor que exige mudanças constantes e rápidas. No mesmo estudo, 86% dos consumidores pesquisam antes de comprar algo, isso vale para o carro zero, cadeirinha do bebê, tênis ou a roupa de balada do final de semana. Em uma matéria da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, da editora Globo, li sobre uma grande novidade do meio tecnológico recente. Um equipamento de reconhecimento facial do consumidor capaz de avaliar a satisfação do cliente em entrar e sair da loja. 

Imaginem esse aplicativo de satisfação no comércio de Santa Maria? Os resultados insatisfatórios não me surpreenderiam. A tecnologia e o digital têm impacto na divulgação e na venda, mas o gestor sempre deve investir na qualificação do colaborador. O gestor tem que ter discernimento que os períodos de grande crescimento que tivemos no passado não vão se repetir mais. A expansão do consumo foi resultado de uma combinação única de elementos do cenário internacional e local como situação de pleno emprego, farto crédito, juros baixos, redução de impostos e exportações nunca antes vistas. Não há nenhuma perspectiva de que isso venha a se repetir. Da mesma maneira que a profundidade e a extensão da crise recente também não, assim espero! 

O termo ¿olhos no futuro, barriga no balcão¿ representa continuidade e, ao mesmo tempo, mudança. A continuidade, pelo relacionamento e proximidade entre o consumidor e o gestor, pela atenção aos detalhes e a preocupação com a produtividade. Olhar para o futuro é ver as potencialidades das redes sociais, ser inovador e, acima de tudo, nunca parar de se qualificar. O gestor do futuro é flexível e ativo. O gestor não pode ser acomodado, que reclama da carga tributária, do governo, dos juros, do aumento dos combustíveis e não muda de atitude e não fica no ¿balcão¿. Atitude, por sinal, é o principal diferencial nos momentos de crise. 

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