Artigo

OPINIÃO: Mesmas coisas

Péricles Lamartine da Costa

Desde os 16 anos, sou cidadão habilitado a exercer o voto, mas, antes, bem antes dessa idade, já atentava para as movimentações políticas e partidárias.

Lembro, por exemplo, com relativa nitidez, das eleições gerais de 15 de novembro de 1982, quando, à exceção da presidência da República, todos os demais cargos foram escolhidos pelo voto direto, após décadas de indicações arbitrárias. Contava eu sete anos de idade.

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Vigorava o denominado ¿voto vinculado¿, circunstância que obrigava o eleitor a escolher, de governador a vereador, candidatos de um mesmo partido sob pena de nulidade do voto. Já havia o horário eleitoral gratuito e, naquele formato, só era possível vislumbrar a foto do candidato apresentado por um locutor que se resumia a dizer seu nome e seu número.

Ao governo do Rio Grande do Sul, candidataram-se Pedro Simon, Alceu Colares e Olívio Dutra, tendo sido consagrado vencedor o odontólogo Jair Soares, então pelo PDS, o Partido Democrático Social. Pela mesma sigla, sagrou-se prefeito, aqui em Santa Maria, o Dr. Farret que, pegando emprestada a expressão que me foi dita certa feita pelo Dr. Hamilton Bulcão, ¿é mais conhecido do que feijão preto!¿.

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Tantos outros pleitos eleitorais vieram depois, e tantos rostos e nomes se apresentaram, sob o patrocínio de sei eu lá quantas letras e siglas que, convenhamos, ao menos para mim, é impossível rememorar exaustivamente.

Hoje, aos 41, penso que já ouvi muito, vi em igual proporção, mas não votei o bastante.

OPINIÃO: Álvaro Moreyra, Alvinho  

Desde ¿antanho¿, parafraseando agora Claudemir Pereira, o Estado apresentava os desafios da superação das dificuldades econômicas, da má administração dos recursos públicos, da necessária valorização dos professores, da importância da educação para o futuro dos gaúchos que, aliás, consistia, como consiste, em questão fundamental ao enfrentamento da insegurança pública, também asseverada pelo desaparelhamento técnico e de pessoal das polícias civil e militar, que foram relegadas ao descaso por todos os governos anteriores. 

Havia, também, contundente debate e forte ânimo de fortalecimento da agricultura gaúcha, no mesmo passo da reconhecida urgência de desenvolvimento das potencialidades industriais do Estado, geradoras de tão necessárias vagas de desejados empregos.

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No município, a pauta era tomada por temas como segurança, iluminação pública, pavimentação, saúde, educação, desenvolvimento e integração com a UFSM, elevando a cidade ao patamar que só ela poderia alcançar, de referência nacional, por seu apuro técnico e intelectual inigualáveis.

E cá estamos. Que venham os próximos 50 anos...  

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