em santa maria

Obras contra alagamentos terão R$ 25 milhões em investimentos nos 2 primeiros anos

Marcelo Martins

Foto: Renan Mattos (Diário)
Forte temporal no ano passado deixou várias localidades alagadas
.

Santa Maria, há décadas, apresenta um déficit de drenagem, situação que se repete sempre de forma agravada e que salta aos olhos a cada chuva mais intensa. Pode não ser muito tempo de chuva, mas, se ela vier em grande volume, será o suficiente para que as águas bloqueiem parcial ou totalmente ruas e avenidas. Outra consequência são moradores desalojados e perdendo o que têm a cada cheia.

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Agora, a prefeitura aposta no chamado Plano de Macrodrenagem para reverter essa situação. A gestão municipal tem mapeado, ao menos, 14 pontos com histórico de alagamento (próximos de córregos), junto aos mais variados locais da cidade, que serão alvo de intervenções com obras - de micro e macrodrenagem - que devem se estender por até quatro anos. O plano será, até o fim do ano, objeto de licitação para escolha de uma empresa que fique responsável pelos serviços.

O investimento observa a existência de 18 bacias que estão dentro do perímetro urbano da cidade. Deste total, uma delas já foi alvo de obras, recentemente, no Bairro Pinheiro Machado. Com isso, há ainda outras 17 bacias que serão mapeadas e vistas, caso a caso, quanto à necessidade de uma eventual intervenção.

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Sistema de macrodrenagem já foi feito na Rua Rio Branco e garantiu o fim das inundações na região

As obras previstas no plano irão contemplar moradores desses 14 pontos que ficam em 20 bairros, vilas e localidades do município (veja abaixo). A escolha dos locais leva em conta o Plano Diretor de Saneamento Ambiental - que é de 2013 e traz informações detalhadas sobre os aspectos da drenagem urbana de Santa Maria. Também considera as informações que são constantemente atualizadas pela Defesa Civil.

O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Francisco Severo, é enfático ao dizer que a execução do plano representa um ganho real ao se eliminar o risco de alagamentos no perímetro urbano. Ao mesmo tempo, ele atenta para a necessidade de a população também fazer sua parte nesse processo. Severo afirma que há permanentemente na rua um caminhão que faz a limpeza de bueiros por hidrojato. Ou seja, utiliza-se água em alta pressão para desobstruir a rede. Situação que, se houvesse conscientização ambiental, seria desnecessária, segundo o secretário.

ORIGEM DO DINHEIRO
Os R$ 48 milhões para a elaboração e a execução do Plano de Macrodrenagem sairão do chamado Fundo Pró-Saneamento, criado por meio de projeto de lei em 2018 depois da renovação do contrato da prefeitura com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Segundo o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, a ideia é, nos próximos dois anos, investir R$ 25 milhões em macrodrenagem.

Pelo cronograma, a meta é que os serviços comecem pelo Bairro Tomazetti e pela Vila Ecologia. Cortez diz que serão várias frentes de trabalho que contemplarão, observando caso a caso, desde sistemas de micro e macrodrenagem e galerias de grande porte, que pretendem corrigir o mau funcionamento dos sistemas de drenagem urbana.

OS LOCAIS

  • Bairro Camobi (Vila Jardim e Avenida João Machado Soares)
  • Bairros Salgado Filho e Divina Providência
  • Bairro Carolina (Vila Brenner, Túnel da Vila Waldemar Rodrigues, São João Batista, Vila José Paim e Vila Oficina Ramos)
  • Vila Santos, bairros Urlândia e Renascença (Sanga da Aldeia)
  • Distrito Industrial (afluente do Arroio Ferreira)
  • Bairro Juscelino Kubitschek (Vila Prado, Jockey Clube, Vila Ipiranga e Rua Videiras)
  • Bairro Chácara das Flores (Vila Brasília, Vila das Flores e Rua La Paz)
  • Bairro Noal (Vila Arco-Íris e Vila Lídia)
  • Bairros Campestre do menino Deus e João Goulart (região do Rio Vacacaí-Mirim)
  • Bairros Lorenzi, Tomazetti e Dom Antônio Reis (Vila Tropical, Alto da Lorenzi, Rua David Ribeiro, Rua Alfredo Saccol, Rua Lídio Desconzi e Rua Norizonte Figueiró da Rosa
  • Boca do Monte (Corredor do Stefanelo, na localidade de Passo da Ferreira)
  • Passo do Verde
  • Bairro Pinheiro Machado (Rua Rio Grande do Norte e Rua Boa Vista)
  • Bairro Caturrita (Rua José Barin, no afluente do Arroio Cadena)

O QUE É O PLANO

  •  É uma proposta de gerenciamento das águas da chuva
  • Na prática, se busca dar o escoamento final das águas inclusive aquelas captadas pelas estruturas de microdrenagem (por meio de pequenas e médias galerias)
  • As obras de macrodrenagem contemplam, entre outros, galerias de grande porte dimensionadas para grande vazões e com maiores velocidades de escoamento
  • No caso de Santa Maria, o plano observa a uma determinação do que já consta no Plano Diretor de Saneamento Ambiental
  • O plano para a cidade observa a existência de 18 bacias situadas no perímetro urbano
  • Deste número, uma bacia já foi contemplada com obras de macrodrenagem realizadas nas ruas Maranhão e João Lino Pretto, ambas no Bairro Pinheiro Machado
  • As demais 17 bacias não necessariamente apresentam problemas de alagamentos
  • A prefeitura tem mapeado, ao menos, 14 pontos com histórico de alagamento que serão solucionados com obras de macrodrenagem
  • O plano visa ainda corrigir o mau funcionamento dos sistemas de drenagem urbana, que é uma das principais causas de inundações

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