Tem solução?

O que é necessário para resolver os alagamentos no Dom Antônio Reis

Lizie Antonello

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Cansados de ver a água da chuva invadir suas casas e de vizinhos, estragando móveis, paredes, pisos e portas das residências, dezenas de moradores do bairro Dom Antônio Reis se reuniram em protesto no final da tarde de terça-feira. Eles atearam fogo em pneus, criando uma barreira que trancou a BR-392 nos dois sentidos. O ato bloqueou a principal ligação entre as regiões centro e sul da cidade, em pleno horário de pico, por cerca de três horas, causando engarrafamentos.

Apesar dos transtornos no trânsito, a ação surtiu efeito e na manhã desta quarta-feira, representantes das três esferas de governo _ municipal, estadual e federal _ estiveram no local para solucionar o problema dos alagamentos que têm atormentado os moradores. Foram pelo menos três casos em 60 dias.

A solução emergencial foi desobstruir o cano. A Conpasul retirou galhos, pedaços de madeira e dois pedaços de troncos de árvores do cano. Identificadas as causas, foram apontadas algumas soluções. À tarde, os móveis continuavam erguidos sobre tijolos na casa do casal Adriana Morais, 39 anos, e Márcio Bragagnolo, 36. No dia 1º de dezembro, a água inundou a casa numa altura de 20 centímetros. Na terça, ao ver a chuva caindo, trataram de erguer tudo do chão. Desta vez, não houve alagamento, mas, eles não querem arriscar, vão manter tudo erguido até que o tempo firme de vez.

AS VERSÕES PARA O PROBLEMA

DOS MORADORES
- Os canos não dão vazão à água da chuva que alaga as casas, danificando móveis e podendo causar doenças

DA PREFEITURA
- A tubulação da Corsan que passa dentro de canos do Dnit e cruzam por baixo da rodovia, tem espécies de escoras, que acabam se tornando obstáculos para a passagem de resíduos, que acumulados, obstruem o cano do Dnit e impedem que a água da chuva escoe

DA CORSAN
- Uma obra de asfaltamento precisa de um planejamento que inclui um estudo da vazão da água da chuva. Quando a prefeitura asfaltou as ruas do bairro, se tivesse percebido que a tubulação da Corsan interferia na vazão necessária, deveria ter comunicado para a rede fosse transferida de lugar

DO DNIT
- Uma desobstrução dos canos (do Dnit, com a retirada dos entulhos) já resolve o problema

SOLUÇÕES

EMERGENCIAL
- Os canos do Dnit que permitem o escoamento da água da chuva de um lado a outro da BR-392 foram desobstruídos com a ajuda de dois caminhões _ um de jato de água e outro sugador entre o final da manhã e o começo da tarde

A CURTO PRAZO
- A prefeitura vai colocar telas nas entradas dos bueiros para impedir a entrada de resíduos
- A Corsan começou ontem a elaboração de dois projetos que serão enviados ao Dnit _ ambos preveem a construção de uma nova rede de água e retirada da atual que fica dentro dos canos do Dnit que cortam a BR-392
- Um método é o não destrutivo, feito com escavação de baixo da rodovia, ou seja, não necessita de ruptura do asfalto e, portanto, não interrompe o trânsito. Exige licitação de uma empresa especializada e o prazo em média do processo é de 90 dias, não contando com possíveis recursos de participantes concorrentes
- O outro é o método tradicional, com ruptura do asfalto e bloqueio parcial de pista para o trabalho. A Corsan mesmo executa, com equipe e material local, em prazo de alguns dias
- Ambas as ações dependem de l"

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