O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, e pode se estender desde a costa da América do Sul até a Oceania. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) declarou nesta quinta-feira (8) que as condições para a formação do fenômeno El Niño estão oficialmente confirmadas. Segundo o meteorologista Gustavo Verardo, o fenômeno torna as chuvas mais intensas no Sul do Brasil.
O El Niño é um dos fatores que pode influenciar na previsão de recordes de temperaturas nos próximos quatro anos. De acordo com a Organização Mundial Meteorológica (OMM), há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre 2023 e 2027.
Explicação
Tanto o El Niño, quanto a La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico (causa maiores períodos de estiagem no Sul do país), podem acontecer em qualquer época do ano, mas com mais frequência entre inverno e primavera, explica Verardo.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), a La Niña, estava em atuação há três anos. Agora, segundo a NOAA, o El Niño tende a moderar a atividade dos furacões no Atlântico, mas a favorece no Pacífico.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de que o evento climático seja fraco no início, no entanto a intensidade pode progredir até setembro, com chances de causar enchentes e alagamentos no Rio Grande do Sul durante a primavera.
– A intensidade do fenômeno varia de fraca, moderada a forte. No caso deste ano, vai ser forte igual ao ano de 2015 – comenta o meteorologista.
Quais os impactos no Brasil
El Niño
- Causa secas no Norte e Nordeste do país (chuvas abaixo da média), principalmente nas regiões mais equatoriais
- Provoca chuvas excessivas no Sul do país e no Sudeste do país
La Niña
- As temperaturas ficam mais baixas no Sudeste, principalmente nos meses de verão
- No Sul pode acontecer secas
- Nas regiões mais equatoriais do Norte e Nordeste são esperadas chuvas acima da média
*Com informações do site de notícias G1