Novembro Antirracista

Deborá Evangelista

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O novembro deu o ar da graça e já estamos a mil, com inúmeras atividades do Comitê Igualdade do Grupo Mulheres do Brasil para a promoção de uma sociedade antirracista, mais fraterna e igualitária. A bem da verdade, para nós que somos negras e negros o novembro é todos os dias. Mas reconheço que em função do 20 de novembro que marca as comemorações da morte de Zumbi dos Palmares, as pessoas estão mais receptivas a conversar sobre essa mazela que assola nossa sociedade.

O Comitê Igualdade do Grupo Mulheres do Brasil com o Apoio da ULBRA e do COMPIR (Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Santa Maria) está disponibilizando gratuitamente para escolas (Ensino Médio e EJAs), empresas, instituições e entidades públicas e privadas, uma atividade dialogada sobre “Letramento Racial: Seja Antirracista e transforme a sociedade”. Para participar basta agendar pelo whatsapp (55) 99707-1971. Os participantes receberão o Selo de área Antirracista.   

A atividade  é uma forma de promover a educação antirracista fazendo um resgate histórico das bases raciais que definiram a estruturação da sociedade brasileira. É importante reconhecermos que o longo, doloroso e cruel período escravocrata de quase quatrocentos anos, tem repercussão direta até nossos dias. Cristalizou-se como normal considerar as pessoas negras como inferiores, e há quem ainda nos nossos dias pense dessa forma. 

Foi o Estado Brasileiro que ao aceitar e promover o escravização instalou no país a diferença das pessoas pela cor da pele, onde brancos são cidadãos, com dignidade e oportunidades e os negros são relegados a exclusão. Isso fica evidente na própria Lei que aboliu a escravização no país,  a preocupação do Estado não foi de tornar os negros membros efetivos da sociedade, mas sim assegurar que as pessoas brancas não tivessem que pagar absolutamente nada a título de indenização aos ex-escravizados. Um mar de pessoas negras foram jogados a margem da sociedade e o Estado tratou de dificultar ao máximo a vida dessas pessoas.

Essas são as bases em que o racismo se institucionaliza, se estrutura e perdura até os dias atuais. Muitos avanços foram conquistados pela população negra nesse tempo, hoje, racismo é crime, mas mudar a estrutura social excludente não é fácil, exige muito de cada um de nós. É com esta compreensão que trabalhamos temas como negritude, branquitude, privilégio, lugar de fala, ações e expressões racistas tudo para evidenciar um letramento racial que possa promover uma educação antirracista.

Fica nosso convite, agende a atividade “Letramento Racial: Seja Antirracista e transforme a sociedade”, receba o selo de área antirracista e nos ajude a promover a melhoria da sociedade para todos, negros e brancos.

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