Risco

Moradores da Vila Bilibio estão sendo notificados para deixarem casas em locais perigosos

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Moradores da Vila Bilibio estão sendo notificados pela prefeitura para deixarem suas casas. O motivo principal é que eles vivem em uma área de risco, como desabamento. A preocupação com a situação foi motivo de o Ministério Público ajuizar uma ação contra a prefeitura, em 2012. Depois de o Executivo recorrer, no mês passado, a decisão judicial foi a mesma: retirar os moradores do local e os realocá-los. 

Os próprios moradores dizem estar conscientes do risco de desastres _ especialmente em dias de chuva, quando costuma acontecer deslizamento de terra. Até a sexta-feira, Santa Maria tinha registrado pelo menos 119 mm de chuva, quantidade considerada normal para o mês de junho, conforme a Somar Metereologia, já que a previsão para todo mês é de 140mm. Apesar disso, os dias seguidos de chuva pioram a situação na área, que já registrou deslizamentos.

Além da apreensão por causa da chuva, os moradores têm outra preocupação: para onde irão após a retirada. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Santa Maria, Cladmir Nascimento, é a entidade que define as áreas consideradas de risco, baseada na legislação de áreas de preservação ambiental e também em um mapeamento feito por uma empresa terceirizada. Na Bilibio, as pessoas moram na encosta do morro.

O motorista José Ronaldo Pedroso tem 50 anos e mora na Bilibio desde criança. É só abrir a janela que ele enxerga, a menos de um metro de distância, os estragos causados pelos deslizamentos. Além da terra, há riscos de desabamentos de pedras. Em dias de chuva, a casa costuma alagar. O morador acredita que a movimentação do terreno tenha sido a causa de rachaduras que surgiram nas paredes da residência. Ele também foi notificado, e sabe do risco que corre.
_ Minha casa está paga. Eu sei que tenho que sair daqui, mas não quero pagar de novo. O ideal seria receber uma indenização _ conta. 

Prefeitura vai realocar alguns moradores da área

A procuradora do município, Anny Desconzi, explica que os que não se enquadram nos programas do governo devem sair por conta própria:
_ Aqueles que preenchem os requisitos para moradias populares serão encaminhados pela prefeitura. Os que não se encaixam terão de sair por conta própria. Se não saírem, a prefeitura informará o juiz e eles terão de sair por decisão judicial.

Detalhes da saída dos moradores, que teriam o prazo de 30 dias para deixar as moradias, serão discutidos em uma audiência de conciliação, marcada para o dia 3 de julho.

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